Parceiro da boutique MCH Investment Strategies em Portugal, Vasco Jesus contou à Funds People algumas das suas motivações neste novo projeto.
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A sabedoria popular portuguesa costuma dizer que “se é para mudar, que seja para melhor” e, talvez por isso, a tendência para encarar mal a mudança é muitas vezes sentida nos que ousam arriscar. “Estou a caminho dos 40 e vivi mais de metade da minha vida fora de Portugal em inúmeros países – a mudança e o desafio fazem parte da minha vida e são quase sempre abraçados com um sorriso e de braços abertos” – esta é a perspetiva de Vasco Jesus, recém-chegado à MCH Investment Strategies como Partner para Portugal, e ex-selecionador de fundos na BPI Gestão de Activos.
Ainda que numa função semelhante à desempenhada na entidade onde estava anteriormente, o profissional explica que na MCH surgem alguns desafios adicionais. “A grande diferença entre o que fazia anteriormente e aquilo que vou agora fazer, é que o espectro é bastante mais alargado, ou seja, agora irei contactar bastantes mais pessoas”, explica. Numa incursão desejada, em que volta a ser empresário em nome individual, o especialista acrescenta que “este novo desafio é muito mais do que uma simples mudança, uma vez que envolve todo um lado pessoal de voltar a ser empresário em nome individual”.
Compreender necessidades dos clientes
A MCH Investment Strategies tem como objectivo principal atuar como uma extensão da sociedade gestora, podendo ser designada de “especialistas de produto independentes”. Nesta perspetiva, a entidade apresenta uma componente focada “num vasto trabalho de acompanhamento e monitorização dos fundos, das pessoas e das organizações em questão”. O posicionamento de Vasco Jesus passará precisamente por “compreender as necessidades existentes dos clientes apresentando-lhes, consequentemente, os fundos em questão de uma forma inovadora e com um conhecimento específico e vasto sobre os mesmos”.
Processos homólogos onde se revê
Outra das razões que conduziu ao “sim” de Vasco Jesus foi o facto de o processo de seleção de sociedades gestoras usado pela MCH, e o processo de seleção de fundos da entidade, serem semelhantes ao que o profissional já executava anteriormente. Habituado a conseguir resultados claramente acima da média do mercado, reforça que durante os anos que foi selecionador de fundos ficou a saber e a sentir muitos parâmetros, e que, por isso, quando se fala de elementos importantes ou até vitais para prolongar a consistência, existe uma linguagem familiar e na qual se reconhece. “Acho que para se aumentar a probabilidade de se ser muito bom (e falando em rolling periods de médio/longo prazo) há várias características que têm que estar presentes. A persistência da excelência não acontece por acaso nem por uma aposta acertada”, indica.
Outros valores
Na decisão do profissional pesou também o facto de acreditar que nas boutiques “há uma maior atenção aos aspetos culturais, aos valores e a ética da sociedade gestora”. Acrescido a isto, Vasco Jesus acredita que neste tipo de entidade “normalmente há uma maior facilidade de comunicação e menores entraves, além de que a rapidez de implementação é igualmente mais célere”.
Maior investimento em Portugal
Outro componente que o desafiou foi o facto de ser um projeto em Portugal (fisicamente), sem estrutura portuguesa, que o incentiva para a “tão importante componente da responsabilidade social”, e que “pode ajudar Portugal”. Realçado é também o facto de este projeto trazer “comissões de fundos estrangeiros para Portugal e para a economia portuguesa”.
Com potenciais clientes que anteriormente foram seus ex-colegas e questionado sobre o peso de um “nome” de uma Sociedade Gestora, Vasco Jesus considera que na escolha deles estará cada vez mais presente a importância dos processos de investimento. “Arrisco-me a dizer que os meus ex-colegas/futuros clientes estão cada vez mais sofisticados e já não é um nome simplesmente que faz a diferença”, indica, referindo que “há que ter em conta muito mais elementos do que apenas um nome”.