Na conferência Best Ideas 2019 juntaram-se a Columbia Threadneedle Investments, BNY Mellon IM e Vontobel sob o tema de “Soluções de Gestão Ativa em Ações, num Contexto de Mercados Desafiantes”.
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Em mais uma conferência Best Ideas, juntaram-se a Columbia Threadneedle Investments, BNY Mellon IM e Vontobel sob o tema de “Soluções de Gestão Ativa em Ações, num Contexto de Mercados Desafiantes”. Desta vez com a apresentação e moderação de Ricardo Seixas, partner fundador e gestor de fundos de ações ibéricas na Fidentiis Gestión, o evento contou com oradores de renome de cada uma das entidades gestoras participantes. Foram estes Douglas Bennet, client portfolio manager da Vontobel AM, que falou sobre o posicionamento e oportunidades do Vontobel Fund - US Equity (com selo A de Favorito dos Analistas Funds People), Roy Leckie, diretor de investimentos na Walter Scott (filial da BNY Mellon IM), que falou do BNY Mellon Long-Term Global Equity Fund (com selo B de Blockbuster Funds People), e Mark Heslop - gestor do Threadneedle (Lux) Global Smaller Companies Fund.
Numa mesa redonda moderada por Ricardo Seixas, os gestores tiveram oportunidade de realçar as especificidades e pontos em comum das suas abordagens. Mark Heslop, o único gestor de Small caps no painel descreveu os alicerces do seu processo. “Somos muito claramente focados no crescimento com qualidade. Passamos uma grande parte do nosso tempo a tentar verdadeiramente perceber o ADN dos negócios em que estamos interessados. O posicionamento geral da carteira é resultado desta nossa abordagem. Também nos descreveria como uma estratégia do tipo ‘enriquecer devagar’. Isto é verdade porque investimos com um horizonte temporal de muito longo prazo. Queremos comprar posições em empresas em que podemos manter o investimento por um longo período”, explica.
Apesar de um universo de investimento de empresas de maior dimensão do que o anterior gestor, Douglas Bennet vê alguns pontos em comum no seu processo. “Quando penso no que é importante no que se refere a cumprir o objetivo de fazer crescer os ativos dos nossos clientes, nós apresentamos três características chave. A primeira é a abordagem de longo prazo. Achamos que está inerente no conceito de investimento o enfoque no longo prazo. As segunda coisa é a indiferença face ao benchmark. O índice de referência não tem qualquer papel na forma como nós construímos e gerimos portefólios. Por fim, a terceira e mais importante característica é que todo o processo é baseado na vasta oferta de dados fundamentais das empresas que se podem encontrar. Longo-prazo, uma active share muito elevada e indiferente ao benchmark e um processo baseado nos fundamentais da melhor qualidade são, resumidamente, os fatores que nos caracterizam”, resume.
Começando por destacar que no horizonte de investimento e abordagem bottom-up fundamental não são muito diferentes dos outros membros do painel, Roy Leckie destaca outros fatores relevantes no seu processo. “Reparo que muitas pessoas acreditam na abordagem value, mas nós queremos comprar empresas que daqui a cinco anos estarão a ganhar muito mais dinheiro do aquele que ganham atualmente. Olhamos para essa valuation em relação ao potencial a cinco anos das empresas. Não é tão importante para nós como as empresas estarão daqui a 12 meses. Por outro lado é igualmente importante proteger os ativos dos nossos clientes. Por isso passamos muito do nosso tempo a perceber os riscos dos negócios em que investimos”, comenta o gestor.
Sentimento de mercado
Aproveitando a presença de largas dezenas de profissionais da gestão de ativos nacional na plateia, foi realizado um inquérito acerca das opiniões, perspectivas e expectativas de investimento para os próximos 12 a 18 meses. No que se refere à alocação a ações nas carteiras, a grande maioria das pessoas presentes mostrou-se numa posição de ‘esperar para ver’, planeando manter inalterado o peso da classe de ativos. Entre as regiões mais atrativas para o investimento em ações, é nos mercados emergentes que mais de metade dos inquiridos vê maior potencial de valor nos próximos tempos. Japão, Europa e Estados Unidos, surgem com igual peso entre as respostas.
Já no que se refere ao valor relativo, a maioria dos presentes considerou que as ações continuam a ser uma melhor aposta face às obrigações. Já o conceito de valor absoluto, mais especificamente o estilo value, é o grande favorito para os próximos 12 a 18 meses.