Os fundos Caixagest Ações Europa, Caixagest Ações Portugal e Caixagest Liquidez passaram a ter novas designações, mas não foi apenas o nome que mudou. Fique a conhecer todas as alterações.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
Nas últimas duas semanas, três dos fundos da gama Caixagest passaram a ter novas designações, mas também alterações na sua política de investimento. Da entidade explicam qual o racional de mudança por detrás das alterações nos antigos Caixagest Ações Europa, Caixagest Ações Portugal e Caixagest Liquidez.
Na linha da frente do ISR nacional
A Caixagest iniciou a jornada no âmbito do Investimento Socialmente Responsável (ISR) em 2017, altura em que lançou o primeiro Fundo de ISR gerido por uma sociedade portuguesa o Caixagest Investimento Socialmente Responsável – Fundo de Investimento Mobiliário Aberto, que, atualmente, se designa por Caixa Investimento Socialmente Responsável - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto.
Agora chegou a vez do Caixagest Ações Europa ganhar também um cunho sustentável. O fundo passa a ter um novo nome, Caixa Ações Europa Socialmente Responsável. Rui Nunes, responsável da Área de Ações da Direção de Investimento da Caixagest, explica à Funds People que “a incorporação da abordagem de investimento ISR no fundo de ações europeu da Caixagest surgiu como um passo natural na nossa estratégia de sustentabilidade”. O profissional reforça que acreditam neste tipo de abordagem, “do ponto de vista do potencial de rendibilidade ajustada pelo risco”. Refere ainda, que, com esta mudança, a Caixagest procura responder “à maior predisposição do público em geral para as causas de preservação do meio ambiente, bem como ao cumprimento das metas sociais e de governo societário”.
Com esta alteração da política de investimento e da denominação do fundo, a Caixagest continua na linha da frente do ISR nacional e torna-se, assim, na primeira sociedade gestora de ativos nacional a disponibilizar um fundo de ações europeias aos investidores cujo “processo de investimento incorpora, não só as considerações de avaliação fundamental, como também os critérios ESG das empresas constantes do índice acionista STOXX® Europe Sustainability. As 440 empresas europeias com melhor classificação de acordo com critérios de sustentabilidade estão incluídas neste índice”.
Universo ibérico
Uma das outras mudanças executadas traz ao universo Caixa o mercado ibérico: a Caixagest estendeu o espectro de investimento ao mercado espanhol do fundo Caixagest Ações Portugal. Por este motivo, o produto ganhou uma nova designação, a de Caixa Ações Portugal Espanha.
Este alargamento do âmbito geográfico de investimento do fundo “reflete a intenção de proporcionar aos nossos clientes uma opção de investimento que, mantendo o cariz nacional, permita ultrapassar os desafios que o investimento centrado no mercado português coloca ao nível da liquidez dos títulos e da diversificação sectorial”, revela Rui Nunes. É desta forma que a Caixagest pretende aumentar o grau de diversificação sectorial da carteira e selecionar empresas espanholas com notoriedade na sociedade portuguesa. Segundo o profissional tratam-se de empresas concomitantemente proeminentes na Europa, nos seus sectores de atividade. Como exemplos Rui Nunes refere que empresas como o Caixabank, o Santander, o BBVA, a Repsol, a Iberdrola, a Endesa ou a Inditex podem vir a entrar no universo de investimento.
Ao encontro das regras europeias
A Caixagest mudou, ainda, a política de investimento e a designação do fundo Caixagest Liquidez – Fundo de Investimento Mobiliário Aberto, que passou a ser o Caixa Disponível - Fundo de Investimento Mobiliário Aberto. O objetivo, como contam da entidade, foi explicitar que o mesmo não pretende ser classificado como Fundo de Mercado Monetário (FMM). Estas mudanças deveram-se à alteração da regulação europeia dos fundos do Mercado Monetário e não implicam, segundo Joel Carvalheira, responsável da Área de Rendimento Fixo da Direção de Investimento da Caixagest, modificações na carteira atual ou no posicionamento do fundo, tendo em conta que este produto já cumpre desde 2017 todos os limites agora clarificados na política de investimento. “Com estas alterações, a Caixagest pretende ter acesso a mais oportunidades de investimento com valor potencial face às disponíveis para os FMM”, concluem.