Alerta para a desaceleração das economias sobretudo dos Estados Unidos e da China e para o risco sistémico.
A Carmignac considera que, na Zona Euro, o pior ainda está para vir, com a situação económica e financeira a deteriorar-se, esperadas revisões em baixa de estimativas de crescimento e um abrandamento já evidente nos Estados Unidos e mos mercados emergentes.
“Não nos podemos enganar: enquanto alguns países da Zona Euro estão já numa recessão profunda, o pior está ainda para vir para o bloco como um todo”, diz Eric Le Coz, ‘deputy general manager’, da sociedade gestora de activos francesa, na newsletter mensal de Julho. “Pensamos que é inevitável que as estimativas de crescimento sejam revistas em baixa na França e na Alemanha”; revisões que, sublinha, “já afectaram as estimativas para 2013 mas ainda não para este ano”.
Após cerca de duas dezenas de cimeiras europeias, Le Coz não acredita que se possa esperar milagres destes encontros e salienta que, entretanto, a situação económica e financeira “continua a deteriorar-se e tornou-se ainda pior nas últimas semanas”. “É agora crítica, dado que representa uma ameaça sistémica para a economia global”, afirma.
Mas o cenário macro desfavorável não é só europeu. A economia dos Estados Unidos está a dar sinais claros que “tem estado a perder o gás ao longo dos últimos meses” e os mercados abrangentes também continuam a abrandar.
Olhando para este cenário e para a necessidade de criar portfólios com base nas convicções de longo prazo da gestora, Eric Le Coz destaca a “gestão do risco” como a “pedra basilar” da abordagem de investimento que tem sido seguida pela Carmignac. “Devido à situação europeia e à fragilidade do sistema bancário em particular, o risco financeiro não irá diminuir tão cedo. A questão chave hoje é avaliar o risco de a recessão europeia se espalhar ao resto do mundo, mais particularmente aos Estados Unidos e à China”, refere o ‘deputy general manager’.