Os fundos Euro Corporates e Tesouraria, assim como o de Acções Portugal são produto da análise conjunta e complementar das equipas de gestão de obrigações e acções do Banif Investimento.
O Banif Tesouraria apresenta uma rendibilidade a um ano de 4,08% e o Banif Euro Corporates de 9,56%. O primeiro fundo tem um património de 43,3 milhões de euros e recebe cinco estrelas no ‘rating’ da Morningstar. O segundo tem 19 milhões de euros de activos sob gestão.
Quanto às ideias implementadas no Fundo Banif Euro Corporates, Nuno Antunes referiu que, ao longo de 2012, se privilegiou o investimento em emitentes portugueses. No entanto, desde o início deste ano, reafectaram-se para activos espanhóis nomeadamente a dívida sénior de bancos de média dimensão e a dívida subordinada dos bancos de melhor qualidade creditícia. A maturidade média da carteira situa-se entre os cinco e os sete anos de forma a tirar partido da inclinação da curva e da maior duração. Na gestão do fundo não estão, por enquanto, a ser utilizados instrumentos de cobertura do risco de taxa de juro, porque uma boa parte dos activos apresentam spreads que acomodam eventuais subidas das taxas de juro. O Banif Euro Tesouraria tem um peso de 50% de instrumentos de mercado monetário, nomeadamente depósitos a prazo e papel comercial, estando a restante carteira alocada a dívida sénior e obrigações hipotecárias, com uma maturidade média de 1,7 anos”.
Do lado das acções…
Nuno Marques refere que “na análise dos fundamentais das empresas auxilia a equipa de obrigações na selecção dos emitentes, dado que deverá existir uma relação entre e a evolução do preço das suas acções e a qualidade creditícia da empresa”.
“Naturalmente, com a contracção fiscal, a economia portuguesa encontra-se em recessão, apresentando graves problemas no sector público. No entanto, vão surgindo oportunidades de investimento interessantes em activos que parecem estar com avaliações muito atractivas”, afirmou Nuno Marques. Neste sentido, o gestor destacou uma rotação para empresas mais defensivas que ocorreu no fundo durante o ano passado, voltando-se mais para empresas com forte geração de “cash-flow”, exposição internacional e maioritariamente grandes capitalizações. No início de 2013 a aposta focou-se em empresas com avalizações atractivas ou com ciclos económicos próprios, como por exemplo a Semapa e a Altri. A rotação da carteira do Banif Acções Portugal é bastante elevada, dado que é feita uma gestão táctica de alguns sectores de actividade, nomeadamente o financeiro. Há também que ter em conta a liquidez dos títulos de forma a tornar flexível a compra e a venda das posições do Fundo. Nuno Marques salientou os sectores da pasta de papel e telecomunicações para este ano.