Desempenho histórico das ações dos EUA no ano após as eleições intercalares

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Créditos: Erol Ahmed (Unsplash)

Os anos eleitorais nos Estados Unidos podem deixar os investidores nervosos. Os candidatos muitas vezes destacam os problemas do país, e as campanhas eleitorais tendem a exagerar mensagens negativas. As propostas políticas podem ser incertas e muitas vezes direcionar empresas ou setores específicos. Por isso, não é de estranhar que, nos anos de eleições legislativas, popularmente conhecidas como eleições intercalares ou midterm elections, a volatilidade do mercado aumente, especialmente nas semanas que antecedem a realização de eleições.

De acordo com um estudo de Matt Miller, economista político da Capital Group, e Chris Buchbinder, gestor de Ações na entidade, desde 1970, o desvio padrão da rentabilidade durante as eleições legislativas é de quase 16%, face aos 13% no resto dos anos. “Acho que esta eleição não vai ser diferente. O mercado vai registar alguma instabilidade e os investidores devem preparar-se para uma volatilidade de curto prazo, mas penso que o resultado não vai afetar muito os resultados do investimento”, afirma Buchbinder.

Mas e a rentabilidade?

De acordo com a sua análise, os mercados tendem a subir acentuadamente nos meses seguintes. E essa subida, que normalmente começa logo após o dia das eleições, não é temporária: o mercado tende a registar uma rentabilidade acima da média durante o ano seguinte ao ciclo eleitoral. “Desde 1950, a rentabilidade média um ano após a realização das eleições legislativas foi de 15%, mais do dobro do registado pelo mercado durante o resto dos anos num período semelhante”, revelam.

No entanto, cada ciclo é diferente, e as escolhas são apenas um dos muitos fatores que influenciam a rentabilidade dos mercados. Por exemplo, no próximo ano, os investidores terão de avaliar as consequências de uma potencial recessão na economia norte-americana. “Não há nada de errado em desejar que um determinado candidato ganhe, mas os investidores podem lutar sem darem demasiada importância aos resultados eleitorais, uma vez que, historicamente, as eleições têm tido pouca influência no retorno a longo prazo do investimento”, alertam.