Diversificação: os fundos presentes nas carteiras dos fundos imobiliários

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j15ess, Flickr, Creative Commons

O universo dos fundos de investimento imobiliário (FII), em Portugal, englobava no final do mês de janeiro 253 produtos divididos por mais de 30 casas de investimento, segundo a APFIPP. Feitas as contas, os mais de 250 FII tinham em carteira mais de 12,2 mil milhões de euros. No entanto, apenas 17 produtos tinham, na sua carteira, unidade de participação de fundos imobiliários.

Aposta na diversificação

Olhando para os 17 fundos que detêm em carteira UPs de outros fundos imobiliários, verificamos que a maioria aposta nesse instrumento para diversificar a sua carteira "base" e investir em geografias diferentes, correspondam ou não com mercados menos acessíveis. Usam igualmente este investimento para incluirem algum tipo de especificidade na carteira como sendo um fundo imobiliário mais diversificado que opta por ter UPs de outro fundo mais de nicho, com uma segmentação própria por tipo de terreno ou imóvel. 

Esta forma de investimento tem, de alguma forma, maior liquidez que o investimento direto em imóveis/terrenos e essa pode ser, também, uma das razões associadas a estas opções de investimento. 

Quase duas dezenas

São quase duas dezenas os fundos imobiliários que têm em carteira unidades de participação de outros fundos imobiliários. À cabeça vem o Caixa Reabilita - FEIIF , da Fundger que tem mais de 90% da sua carteira investida noutro fundo de investimento da mesma casa, o Fundo de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional denominado Cidades de Portugal, segundo informação da CMVM.

No segundo posto vem o ImoPopular, fundo fechado gerido pela Popular Gestão de Activos que tem cerca de um terço da sua carteira investida em UPs de outros FII. Contrariamente ao fundo anterior, este produto investe em seis FII, sendo que apenas um é da mesma casa (o fundos aberto de acumulação Popular Predifundo). Os restantes fundos pertencem a casas internacionais, como Credit Suisse, Aberdeen, KanAm e SEB Investment. Neste caso, é óbvia a opção por uma diversificação geográfica, que é mais facilitada pelo investimento em unidades de participação de fundos imobiliários estrangeiros do que seria com a aquisição direta de imóveis/terrenos noutras geografias. 

Com 24% da sua carteira investida noutro fundo, aparece o Bonança I da Fundger. Apenas detém unidades de participação de um fundo da mesma entidade, no caso o Caixa Arrendamento, segundo publica a CMVM.

 

Os fundos presentes nas carteiras dos FII 

(ordenado pela % da posição em FII)

Dados: APFIPP e CMVM