Estes são os nomeados para os prémios Morningstar para gestor do ano em obrigações, multiativos e alternativos…

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kcolwell, Flickr, Creative Commons

Os prémios Morningstar para Gestor Europeu do Ano celebram a sua nona edição, com algumas alterações. A primeira é que a identidade dos premiados será revelada no próximo dia 7 de março durante a conferência ALFI em Luxemburgo. A segunda é a criação de uma nova categoria, Multiativos e Alternativos, que se junta às três já existentes (Melhor Gestor Europeu de Ações Globais, de Ações Variáveis Europeias e de Obrigações).

As nomeações realizam-se a partir de uma rigorosa seleção efetuada pela equipa de analistas da Morningstar na Europa. Os critérios que são tidos em conta não se limitam a ter tido um bom ano de 2017; também se exige que os fundos geridos pelo gestor contem com um Analyst Rating positivo da Morningstar (Gold, Silver ou Bronze) obtido através da metodologia dos Cinco Pilares Morningstar: qualidade da gestão, solidez do processo de investimento, qualidade da matriz, tratamento dos investidores e custos.

Pode consultar a lista completa de nomeados de seguida.

Nomeados para Gestor de Obrigações do Ano

A primeira nomeação é para a equipa composta por Bart van der Made, Rob Drijkoningen e Gorky Urquieta, pela gestão do Neuberger Berman Emerging Market Debt - Hard Currency.

A partir da Morningstar destacam estes três profissionais que trabalham juntos há 18 anos (primeiro no NNIP, desde o ano 2000, e depois na Neuberger Berman, a partir de 2013), com uma experiência média em dívida emergente de mais de 21 anos. Os três aplicam um processo que foi largamente testado, centrado na seleção bottom-up de emissões de países denominadas exclusivamente em divisas fortes. “Nesse sentido, esta equipa tem menos fontes de rentabilidade que muitos dos seus concorrentes. No entanto, tiveram muito êxito em agregar valor para os seus investidores através de uma seleção superior ao nível de países”, destacam, apresentando como exemplo o sucesso da equipa ao afastar-se de grandes defaults, como da Argentina, Equador e mais recentemente da Venezuela. “Dado o tamanho da equipa acima da média, o nível de experiência e o seu sólido histórico, consideramos que é uma das melhores na nossa categoria”, explicam a partir da empresa.

A segunda nomeação é a de Eve Tournier, gestora da PIMCO, ao cargo dos fundos PIMCO GIS Euro Income e PIMCO GIS Diversified Income. Na Morningstar destacam os seus 18 anos de experiência e o sucesso na gestão desde que assumiu, em 2010, o comando do PIMCO GIS Diversified Income. Neste período, o fundo cumpriu com o seu objetivo de distribuição sem sacrificar a preservação de capital e, para além disso, superou os concorrentes em termos de rentabilidade ajustada ao risco.

“Como a maioria dos restantes gestores de carteiras globais da PIMCO, Tournier pode aproveitar recursos consideráveis, em particular os mais de 50 analistas de crédito do grupo, que desempenham um papel importante neste sentido, dado o foco nas obrigações corporativas para gerar rentabilidade. No entanto, a responsabilidade principal da construção da carteira continua a ser da gestora do fundo, que demonstrou a sua capacidade para utilizar estes recursos de forma efetiva ao longo do tempo”, explicam a partir da Morningstar. Na consultora também destacam a implicação pessoal de Tournier em todas as estratégias que gere, “o que ajuda a reforçar a alineação dos seus interesses com os dos investidores”.

A última nomeação é para a equipa da BlueBay AM, composta por Mark Dowding, Russel Matthews e Mark Bathgate, e em particular pela gestão do BlueBay Investment Grade Euro Goverment. Os três dispõem de uma experiência média de 20 anos e sólidos conhecimentos em matéria de taxas de juro, análises macroeconómicas e de bancos centrais. Aqui também se destacam os numerosos recursos proporcionados pela equipa de investimento da BlueBay, que na Morningstar consideram como “uma das melhores dentro do segmento europeu de grau de investimento”.

De Dowding, Matthews e Bathgate também se destaca a sua alta convicção, o seu processo top-down e a estratégia de seleção do país como principal fonte de alfa, sendo o ênfase em análise macro fundamental o elemento diferenciador para esta equipa. Desde a Morningstar destacam que as capacidades da equipa viram-se refletidas em rentabilidades “que foram impressionantes desde o lançamento do fundo em 2010, tanto em termos absolutos como ajustados ao risco”.

Nomeados para Gestor Europeu Multiativo e Alternativo do Ano

Na nova categoria criada pela Morningstar, surge a nomeação da equipa formada por Cayetano Cornet, Juan Bertrán e Alvaro Martínez – que trabalham juntos desde a fundação da Cartesio, em 2004 – pela gestão do Pareturn Cartesio Equity e do Pareturn Cartesio Income.

A partir da entidade, destacam a sua “estabilidade, experiência e sólida gestão”, os seus mais de 20 anos de experiência média em investimento e o seu “enfoque bem executado e orientado a longo prazo”, caracterizado pelo controlo do risco de perda e preservação de capital. Na Morningstar também destacam a “alineação exemplar dos interesses dos gestores, que têm investido quase todo o seu património financeiro em fundos que gerem, para além de serem sócios da empresa”. Também se valoriza positivamente as comissões destes fundos que se situam abaixo da média.

A segunda nomeação é a de Paul Causer, Paul Read e a sua equipa, pelos fundos Invesco Pan European High Income, IP Distribution e IP Monthly Income Plus. O também formado por Causer e Read funciona desde 1995 e juntos dirigem uma equipa de 20 profissionais de obrigações altamente qualificados. Da Morningstar, afirmam que este duo figura “entre os gestores de fundos de income com mais êxito no espaço europeu de multiativos”, graças à sua abordagem não restrita, centrada na procura de valor primordialmente através da análise macro.

Os gestores responsabilizam-se pela seleção de valores de obrigações e as ponderações ao nível de classes de ativos do Invesco Pan European High Income, mas deixam que a equipa de ações faça a gestão de forma independente. A partir da Morningstar destacam que este produto se situou no primeiro percentil da sua categoria de Mistos Defensivos Euro nos últimos dez anos (dados de novembro de 2017).

Os últimos nomeados trabalham na boutique DNCA, que pertence à Natixis IM. São eles Jean-Charles Mériaux e Philippe Champigneulle e estão nomeados pelo seu trabalho na frente do DNCA Eurose e do DNCA Invest Eurose. Ambos contam com uma experiência de 20 anos, Mériaux na parte de ações e Champigneulle em obrigações. Dirigiram com sucesso a estratégia prudente do Eurose desde 2003 e 2009, respetivamente, com a ajuda de uma equipa compacta, mas eficaz. Efetuaram investimentos pessoais nos seus fundos, como prova do seu compromisso com os investidores.

A estratégia do duo evita o timing de mercado, centrando-se na alteração da valorização relativa do perfil de rentabilidade/risco dos diferentes instrumentos (ações, convertíveis, obrigações) emitidos por empresas que conhecem bem. Baseando-se na sobrevalorização percebida nas obrigações em relação às ações, a equipa favoreceu as ações nos últimos cinco anos, até um máximo de 35%. A seleção das ações tem um enfoque value e de rendimento.

Desde que ambos os gestores têm a seu cargo o Eurose, o fundo superou regularmente a rentabilidade dos fundos da concorrência, ao mesmo tempo que limitou as perdas em período de quedas das bolsas, graças à diversificação na parte das obrigações.