Fatores a ter em conta na hora de dar ordens ordens no mercado em períodos de potencial volatilidade

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faungg's photos, Flickr, Creative Commons

A volatilidade nos mercados de ações tocou em agosto mínimos históricos. No entanto, em setembro voltou a aumentar. E tudo parece indicar que estes baixos níveis de volatilidade a que os investidores estavam acostumados vão dar lugar a um contexto mais normalizado no que diz respeito às oscilações dos preços. A retirada de estímulos por parte dos bancos centrais e a tensão geopolítica que se respira são argumentos suficientes que fazem muitos analistas pensar que a volatilidade voltará aos mercados de ações mais cedo do que tarde.

Perante este desafio, Clause Nielsen, diretor de mercados do Saxo Bank, tem elaborado um guia para investidores sobre como lançar as ordens no mercado em períodos de potencial volatilidade. Nesse guia, o especialista aponta os cinco fatores principais que devem ter em conta quando se negoceia em momentos de forte stress nos mercados financeiros:

1. Fazer as ordens com antecedência. A liquidez do mercado pode variar substancialmente, e as solicitações de compra/venda podem não estar disponíveis em certos momentos.

2. Ter em conta que não está garantido que as ordens de mercado sejam atendidas a um preço específico. São executadas ao melhor preço do mercado disponíveis quando são processadas.

3. As ordens de stop loss são convertidas em ordens de mercado assim que se alcançam os níveis de stop loss, pelo que não é garantido que se executem a esse mesmo nível. Os gaps na liquidez disponível podem dar lugar a uma diferença significativa nas ordens de stop.

4. A utilização de ordens tipo stop loss limitado (em vez de stop de mercado) podem ser benéficas, já que permitem ao cliente especificar o tipo de diferença aceitável quando se ultrapassa o stop e permanecerá no livro de pedidos se puderem ser executadas de imediato

5. As opções de compra (isto é, as opções para proteger as posições longas e as calls para proteger as posições curtas) podem ser um veículo de cobertura adequado em momentos de incerteza do mercado, já que oferecem proteção a um preço fixo de strike, em vez das ordens de stop, que podem saltar quando existem buracos no mercado.