A luz de Raoul Coutard

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Pedro, Flickr, Creative Commons

 A luz da Nouvelle Vague é, também, a luz de Raoul Coutard. O diretor de fotografia é um dos nomes maiores do cinema moderno e parte da sua filmografia pode ser vista no ciclo “A Luz de Raoul Coutard”, na Cinemateca Portuguesa, até 25 de fevereiro.

Trabalhou com nomes como Jean-Luc Godard, François Truffaut, Jacques Demy ou Philippe Garrel. Coutard também experimentou a realização, assinando três filmes, mas foi mesmo como diretor de fotografia que se destacou e inscreveu o seu nome na história do cinema. Começou por ser fotojornalista de guerra e “tropeçou” no cinema, disse numa entrevista ao The Guardian em 2001. Nunca mais parou. A partir dos anos 60 já colaborava com figuras incontornáveis do cinema francês, mas o reconhecimento só chegou mais tarde, na década de 70 – foi distinguido com o César de fotografia em 1978 por “Le Crabe – Tambour”.

Raoul Coutard “fotografou” mais de 75 filmes e foi uma figura chave na Nouvelle Vague francesa. Morreu em novembro, aos 92 anos, em casa, perto de Bayonne, no sudoeste francês.  

O ciclo da Cinemateca “A Luz de Raoul Coutarde” começou no dia 1 e decorre até dia 25 de fevereiro. Entre a filmografia exibida estão os filmes “Disparem sobre o pianista” (1960), de François Truffaut, e “Nome: CÁRMEN” (1984), de Jean-Luc Godard. Pode consultar a lista completa de filmes presentes no ciclo, bem como os horários das sessões aqui