O sector da cultura, finalmente, conseguiu voltar a abrir portas. Com a reabertura, a aposta do sector tem sido na reposição de espetáculos que, devido à pandemia, foram cancelados, ou em novas estreias. De facto, se os restaurantes e lojas fecham agora mais cedo, ao final da tarde, a solução pode ser uma ida ao teatro. Como tal, até dia 4 de julho vai poder ver as três peças de teatro que hoje sugerimos, todas em Lisboa:
Hamster Clown, no São Luiz Teatro Municipal
O encenador Ricardo Neves-Neves e Rui Paixão, o performer, juntam-se e criam um espetáculo em que a premissa é: e se o homem tivesse vindo do hamster e não do macaco? Uma peça sem texto, inundada de efeitos sonoros e visuais. Em cena poderá ver um planeta completamente novo, um universo retrofuturista, onde não faltam criaturas como polvos gigantes, corujas assustadoras ou exames de abelhas.
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Cenas da Vida Conjugal, no São Luiz Teatro Municipal
Nesta peça, Rita Calçada Bastos reflete sobre este tempo em que o que parece ser a realidade a maior parte das vezes não é. A partir de um jogo puro e simples de atores, ela cria um diálogo entre o teatro - o que se quer ver e o que se quer esconder - e o cinema (por meio de João Canijo) - o que parece ser real e o que não é mais do que uma projeção.
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Calígula morreu. Eu não, no Teatro Nacional D. Maria II
Os temas centrais desta peça são o absolutismo, a diversidade e a liberdade. Com encenação de Marco Paiva, a peça escrita por Cláudia Cedó junta atores surdos e com e sem deficiências. A peça assenta em dois eixos. Por um lado, o despotismo que é um vírus que se espalha desenfreadamente e sobre o qual não se tem nenhum controlo. Por outro lado, pensa-se na ação despótica como um impulso e tenta-se agir no sentido de erradicar esse mesmo despotismo. Daí que a proposta da peça seja a de resolver uma situação ficcional, recorrendo a outra situação de ficção.
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