Gestão de patrimónios em novembro: valor das carteiras decresce face a outubro, mas cresce desde o início do ano

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antalcura, Flickr, Creative Commons

Observando os dados relativos a novembro sobre a atividade da gestão de património, fornecidos pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), é possível compreender que o valor das carteiras sob gestão discricionária ascendeu a 57 340,0 milhões de euros, o que se traduz num decréscimo de 0,2% relativamente a outubro. No entanto, se analisarmos o panorama desde o início do ano e face a novembro do ano anterior, percebemos que existe uma tendência de subida. Desde janeiro de 2017, o aumento nos ativos sob gestão foi de 2,3%. Já desde novembro de 2016 há um crescimento de 3,1% nos montantes geridos.

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Fonte: CMVM, novembro de 2017

A Caixagest voltou a ser a sociedade gestora com maior volume de ativos sob gestão, com 21 857,5 milhões de euros, o que se traduz numa quota de 38,1%. A BMO GAM também se voltou a destacar, com 14 818,3 milhões de euros e uma quota de 25,8% (e foi também a que registou o maior crescimento em valores absolutos – 78,0 milhões de euros), tal como a BPI Gestão de Activos, que registou 7 072,5 milhões de euros e uma quota de 12,3%. No entanto, a que mais cresceu em termos percentuais foi a Orey Financial, com 14,0% (0,6 milhões de euros). Desde o início do ano, a Dunas Capital foi a que mais cresceu em valores percentuais, com 46,9% (4,0 milhões de euros), e a BMO GAM foi a que mais cresceu em termos absolutos, com 1 785,0 milhões de euros (13,7%).

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Fonte: CMVM, novembro 2017

Observando a estrutura da carteira de gestão de patrimónios, a classe de ativos com maior peso em novembro era a da dívida pública, com 44,6% de preponderância, seguida das obrigações diversas, com 27,3%, tendo esta sido a classe de ativos que ganhou maior quota face às restantes (0.6%). Desde janeiro de 2017, são os fundos de investimento mobiliário que representam o maior aumento do peso na estrutura das carteiras, ao passar de 9,5% para 11,7%.

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Fonte: CMVM, novembro 2017