A ASF dá conta de uma inversão da tendência que se assistia nos últimos anos, relevando o facto desse comportamento decorrer maioritariamente da comercialização de produtos em que os riscos de investimento são assumidos pelos tomadores de seguros.
Recentemente publicado, o Painel de Riscos do Setor Segurador de março de 2018 dá destaque a uma inversão de tendência que se assistia nos últimos anos na diminuição da produção de seguros no ramo vida, dando especial relevo ao facto desse comportamento decorrer maioritariamente da comercialização de produtos em que os riscos de investimento são assumidos pelos tomadores de seguros.

Essa variação está patente no gráfico 7.1 do respetivo relatório onde se pode observar um aumento do montante de prémio brutos emitidos no último trimestre de 2017 para cerca de 6,6 mil milhões de euros. A mediana da taxa de resgates evidencia uma estabilização no trimestre, consolidando uma tendência de queda intra anual coerente com o comportamento da taxa ao longo do ano de 2016. Contudo, a dispersão das respetivas taxas de resgate no último trimestre do ano consistem numa leitura positiva para a indústria em virtude da menor amplitude inter quartil.


Já no que concerne o diferencial de rentabilidade entre os investimentos e as taxas de juro garantidas em alguns produtos, o que observamos é uma margem mediana relativamente confortável, mas uma amplitude muito grande face ao terceiro quartil, que se posiciona muito perto dos 0%.
