Após confirmar os rumores no fim de semana passado, hoje a notícia é confirmada: a Jupiter AM comprou 100% da Merian Global Investors por 469 milhões de euros. Com a fusão, a Jupiter posiciona-se entre as gestoras ativas líderes no Reino Unido, com 78.000 milhões em ativos totais. Espera-se que a operação fique concluída na segunda metade de 2020.
A Jupiter ficou com 100% do capital da Merian através de um pagamento em ações avaliado em 445 milhões de euros (370 milhões de libras), o que representa 95,3 milhões de novas ações da Jupiter para os acionistas da Merian. Além disso, no acordo está estipulado um pagamento futuro de 24 milhões de euros (20 milhões de libras) aos acionistas principais da Merian sujeito ao crescimento e retenção dos lucros nas suas estratégias de investimento.
Os acionistas da Merian terão, em conjunto, 17% do capital agregado da Jupiter. Os acionistas principais da Merian, que gerem 87% do património da Merian terão 1% da Jupiter o que, segundo a gestora, alinha os seus interesses com os da empresa. Estes assinaram contratos a longo prazo com a Jupiter com cláusulas de não concorrência e não solicitação. A equipa de investimentos da Merian e os seus ativos serão integrados na plataforma operacional da Jupiter “através de um plano de integração executado e bem desenhado”.
A compra é realizada com uma dívida líquida objetivo de 34,8 milhões de euros se for completada antes de 1 de julho de 2020.
Pontos-chave da nova gestora
Segundo o comunicado, a fusão diversifica o negócio existente da Jupiter já que os seus cinco maiores fundos representam só um terço dos seus ativos sob gestão. Acrescentará a capacidade de investimento à Jupiter ao dar-lhe escala em estilos de investimento e capitalização de mercado. Também acrescentam escala em investimentos estratégicos para a Jupiter, como obrigações e mercados emergentes globais. Acrescentarão às capacidades da Merian expertise em ações globais sistemáticas, alternativos líquidos e capital contingente e aumenta a sua escala em áreas em crescimento como a dívida de mercados emergentes, obrigações multi sector, obrigações corporativas e ações.
Além disso, destacam que é uma grande oportunidade pela capacidade de investir em tecnologia para apoiar a geração de alfa e melhorar o serviço ao cliente.
A gestora prevê uma sobreposição mínima de clientes institucionais e capacidade para criar novas relações com instituições globais e fundos soberanos. A fusão amplia os ativos da Jupiter significativamente no Médio Oriente, Ásia Pacífico, América Latina e US Offshore.