A boutique francesa Laffite Capital Management, pela mão da distribuidora Altament Capital Partners, chega à Península Ibérica com o objetivo de ser uma alternativa que verdadeiramente oferece descorrelação.
Se já é complicado encontrar fundos alternativos com um track record longo, ainda é mais difícil encontrar fundos que durante esse tempo tenham gerado uma rentabilidade decente. O Laffite Risk Arbitrage, um fundo UCITS de arbitragem de fusões e aquisições, nasceu no calor da crise financeira de 2008. Uma prova de fogo que superou com uma rentabilidade positiva de 7,90% nesse ano. Nos seus mais de 10 anos de história, o fundo bandeira da Laffite Capital Management só fechou três exercícios em negativo. Agora chega à Península Ibérica como parte da sicav que a boutique francesa recentemente registou na CMVM.
Com o apoio da distribuidora Capital Strategies, que consideram como uma extensão da sua própria equipa comercial, apostam na Península Ibérica como um mercado chave. “Queremos ser uma opção para o investidor ibérico que procura realocar parte da sua alocação para obrigações tradicionais assim como para quem procura estratégias descorrelacionadas com obrigações e ações”, explica David Lefant, sócio fundador da Laffite Capital Management. As estratégias de merger arbitrage destacaram-se entre os alternativos por resistirem melhor em 2018. Porquê? “Porque a arbitragem de fusões e aquisições centra-se unicamente no acordo que há sobre a mesa. E ao fim do dia não depende de nenhum outro catalisador a não ser do valor relativo”, defende Lefant.
Quem é a Laffite Capital Management?
A Laffite Capital Management conta com uma equipa de 12 profissionais, dos quais cinco compõem a equipa de investimento, e gerem já 350 milhões de euros. É o projeto pessoal de quatro ex trabalhadores do CIC – Crédit Mutuel, o quarto maior banco de França. Eric Robbe, Arnaud Yvinec, David Lenfant e Gabriel Teodorescu, da equipa de trading por conta própria da entidade, participaram no desenvolvimento nos anos 90 das estratégias de arbitragem de índices e fusões e aquisições para o CIC – Crédit Mutuel, onde chegaram a gerir cerca de 10.000 milhões de euros nesta gama de fundos.
A equipa tem trabalhado junta nos últimos 20 anos no terreno de arbitragem e esta longa trajetória é uma das suas grandes bases. Como nessa altura, foram construindo uma enorme base de dados sobre fusões, dividendos, índices, etc. Números históricos que sustentam a sua estratégia baseada na análise fundamental e direcional assim como em ferramentas quantitativas desenvolvidas por eles mesmos.
“Temos uma abordagem conservadora, baseada puramente na geração de alfa sem beta de mercado, o que demonstrou descorrelacionar quando mais necessita”, conta Lenfant. Essa filosofia de investimento aplica-se às suas três estratégias. Além do Laffite Risk Arbitrage, um fundo puramente de arbitragem de fusões e aquisições em ações europeias e americanas, nos últimos anos lançaram o Laffite Diviersified Return e o Laffite Dynamic Strategies, duas multiestratégias de arbitragem com o objetivo de ser retorno absoluto ainda que com um perfil de risco diferente.
A diferença do seu fundo bandeira, que só faz a arbitragem de acordos de fusão ou aquisição já anunciados, estes dois últimos combinam estratégias de arbitragem de índices e dividendos, situações especiais e quantitativas long/short. A arbitragem de índices procura explorar o volume adicional em valores que entrem ou saem de índices enquanto a arbitragem de dividendos de posiciona ao longo da curva de dividendos através de futuros em valores cujo crescimento de dividendos está sobrevalorizado ou subvalorizado pelo mercado.