No final do primeiro trimestre, já existiam 500 milhões de euros parqueados em liquidez por parte destes veículos. São 500 milhões de euros "pólvora seca" que estes grandes investidores institucionais mantêm em carteira.
Já se sabe que o primeiro trimestre do ano acabou por ser mais atribulado do que se esperava, com as duas semanas finais de março a destabilizar o trabalho de três meses. Nos fundos imobiliários nacionais, contudo, algumas perdas foram minimizadas.
Os fundos de investimento imobiliário e os fundos especiais de investimento conseguiram mesmo crescer em termos trimestrais, incremento que se cifrou em 0,1% para os 10.134,2 milhões de euros. No caso dos fundos abertos, conta a CMVM no relatório trimestral da gestão de ativos, o aumento foi ainda mais positivo, de 0,5% para os 3.521 milhões de euros. O mês de março foi, como a FundsPeople já tinha reportado, bastante moderado para esta classe de ativos que tem um passado de se mostrar bastante defensiva.
Olhando com mais detalhe para a informação que a CMVM disponibiliza sobre o investimento protagonizado por estes produtos, percebe-se aquele que é um movimento expectável em alturas de maior incerteza.
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Investimento - Fundos de investimento imobiliários abertos

Fonte: CMVM, março de 2020
Pólvora seca
Como visível na informação em cima, a rubrica de liquidez terminou o mês de março a valer mais de 500 milhões de euros nas carteiras, o que em termos trimestrais representa um crescimento de 47%, e em termos anuais de10%. A rubrica representa mais de 14% do valor líquido dos fundos imobiliários abertos portugueses.
Seja pólvora seca ou liquidez defensiva, são 500 milhões de euros que estes veículos institucionais mantêm em carteira para fazer face a resgates ou oportunidades, conforme evolua a situação económica.