Os três elementos mais antigos da mala voadora nasceram em Moçambique. Um deles é Jorge Andrade. Apesar de ter vindo para Portugal com quatro anos, propõe-se a construir uma autobiografia como se tivesse vivido em Moçambique toda a sua vida. E para que a sua história se torne credível, vai ter de impô-la à História do país. E se o teatro documental só tem interesse se contar mentiras, trazem-se imagens efetivamente documentais para o contexto ficcional do teatro, ficcionando-as de um modo que não visa a verdade. Visa antes, como um romance histórico, inventar uma história cujo contexto advém da História. Jorge Andrade fará parte da História de Moçambique.
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