Novembro trouxe um novo fundo fechado ao mercado imobiliário

3334587341_7c4d3efc3b
Monique Kooijmans, Flickr, Creative Commons

Mais um mês de queda para o agregado dos fundos de investimento imobiliário nacionais, depois de em outubro a queda se ter contabilizado em 0,57%. Em novembro, embora o decréscimo do mercado tenha sido mais modesto (0,12%), a CMVM reporta que o valor sob gestão dos fundos de investimento imobiliário (FII), dos fundos especiais de investimento imobiliário (FEII) e dos fundos de gestão de património imobiliário (FUNGEPI) terminou o mês com uma queda de 0,12%, ou seja menos 12,8 milhões de euros face a outubro. Desta feita, o mês de novembro terminou com os ativos sob gestão dos fundos imobiliários a fixar-se nos 10.765,4 milhões de euros.

Contudo, e olhando para a informação disponibilizada pelo regulador, importa referir quais os segmentos que mais contribuíram para este decréscimo. Os FEII recuaram 2,1% no valor que gerem para os 2.461,3 milhões de euros, enquanto que os FUNGEPI decresceram 0,4% para os 445,8 milhões de euros. Estas foram quedas aparentemente “amortecidas” do lado dos fundos de investimento imobiliário, que conseguiram um crescimento de 0,5% face a outubro, fixando-se nos  7.858,4 milhões de euros.

Captura_de_ecra__2019-01-02__a_s_14

Fonte: CMVM, novembro 

Nascimento de um fundo fechado

Como visível na tabela acima, o mês de novembro foi tranquilo relativamente a novidades comerciais referentes a fundos imobiliários, tendo apenas sido registado o surgimento de um novo fundo fechado, o LCN - PORTUGUESE FUND 2, gerido pela gestora FundBox.

Sem surpresa, relativamente ao investimento por tipo de ativo, os imóveis situados em Estados da União Europeia continuam a ser o ‘peso pesado’ das carteiras dos fundos de investimento imobiliário. De destacar, por outro lado, um aparente refúgio – principalmente por parte dos fundos abertos – na rubrica liquidez à vista. Os dados da CMVM indicam que, por exemplo, nos FII e nos FEII a liquidez à vista avançou 25,2% no período, muito embora se deva assinalar que a liquidez éuma componente residual destes portefólios.

Captura_de_ecra__2019-01-02__a_s_15

Fonte: CMVM, novembro 

O mercado de fundos imobiliários fechou novembro com mais um fundo – 214 – mas pouco mudou quando se olha para a quota de mercado das gestoras de fundos imobiliários.  A Interfundos continua a arrecadar o título de gestora com maior quota de mercado -14,1% - tendo contudo diminuído a sua preponderância de mercado em 0,2 pontos percentuais no mês em causa. Seguem-se duas gestoras que tiveram um movimento contrário: a Norfin que conseguiu um crescimento de 0,07 pontos percentuais no mês em causa, terminando novembro com uma quota de mercado de 11,8%, e a GNB GA que depois de um crescimento de 0,06 pontos percentuais no mês terminou novembro com uma preponderância de mercado de 10,3%.

Captura_de_ecra__2019-01-02__a_s_15

Fonte: CMVM, novembro