O BPI Portugal não é estreante no reconhecimento do mercado, e este ano voltou a ser distinguido nos Morningstar Awards. Catarina Quaresma Ferreira conta à FP como é que acrescentam valor, naquele que também é um Consistente Funds People.
O BPI Portugal, da BPI Gestão de Activos, já está mais do que habituado às “lides” mediáticas, quando o assunto são Prémios. Nos Morningstar Awards deste ano, o produto gerido por Catarina Quaresma Ferreira voltou a arrecadar o prémio de ‘Melhor Fundo Nacional Ações Portugal’ como já tinha acontecido na edição do ano passado. Em entrevista à Funds People Portugal, a gestora destaca que “o fundo foi premiado porque obteve bons resultados no último ano, mas sobretudo porque conseguiu mostrar um bom comportamento a longo prazo em função do risco assumido”.
O produto que é também ele um fundo com o selo Consistente Funds People por ter passado no crivo da metodologia, “vive” muito desse conceito. Para a profissional o ponto chave do fundo assenta precisamente “na consistência dos resultados ao longo do tempo”. Nesse caminho de consistência, Catarina Quaresma Ferreira aponta a contribuição dada pela “existência de um processo de investimento bem definido e replicável no tempo”. Concretiza, e explica que “o modelo de gestão retira vantagem da proximidade com o universo de investimento”, assentando “num trabalho de análise fundamental”.
Neste sentido, o fundo guia-se “por uma abordagem mais orientada para o bottom up”, com a “proximidade do universo de investimento” a permitir “seguir uma abordagem de análise fundamental com qualidade”. O objetivo primordial que subjaz ao investimento passa por “investir em ações de empresas que transacionem a desconto face ao seu valor intrínseco”. Conta que “as principais fontes de informação são provenientes dos contactos com as diversas corretoras e com os gestores das empresas”, existindo uma “interação contínua e a realização regular de reuniões com analistas e com os próprios gestores”. O trabalho que desenvolvem “permite investir com margem de segurança nas empresas que apresentam maior potencial de valorização”. Como resultado obtém-se uma “carteira relativamente concentrada nas apostas selecionadas, o que permite uma maior captação de valor”.
“Fotografia” da carteira
O histórico da gestora premiada permite-lhe também traçar uma espécie de histórico daquilo que tem sido evidente nas empresas selecionadas para o portfólio. “O fundo tem privilegiado empresas com baixo endividamento, empresas geradoras de free cash flow, empresas com posições de liderança nos sectores/mercados onde atuam”, diz a profissional, enunciando também a eleição de “empresas que podem beneficiar de movimentos de consolidação no sector económico onde se inserem”, ou ainda “que podem beneficiar de reestruturações operacionais e financeiras”. Resume, apontando mais uma vez que “o objectivo é investir em ações de empresas que transacionam a desconto”.
2016: ações nacionais em linha com a Europa
Em 2016, Catarina entende que na gestão do fundo se continuará a fazer um exercício de stock picking, “investindo nas ações portuguesas que apresentem potencial de valorização”. Acredita que “as ações nacionais tenderão a seguir o comportamento das restantes bolsas europeias”, muito embora o cenário político económico do país continue a ter uma natural influência. “Estamos confiantes que o fundo continuará a fazer um bom trabalho tentando selecionar os melhores investimentos”, assegura.