O Chart of the Week é da autoria de João Paulo Silva, do departamento de Desenvolvimento e Marketing do novobanco.
O mês - outubro - que antecede a eleição para o presidente dos EUA é, tradicionalmente, marcado por um claro aumento da volatilidade no mercado acionista norte-americano. Como está bem patente no gráfico seguinte, a volatilidade (medida pelo índice de volatilidade VIX) aumenta em outubro, antes de diminuir após ser conhecida a escolha dos eleitores.
Gráfico 1: evolução mediana da volatilidade mensal desde 1992
Tendo este facto em mente, achei interessante a análise feita pelo Bank of America (BofA) em relação aos catalisadores do mercado acionista dos EUA até à realização das eleições presidenciais marcadas para o dia 5 de novembro. A referida análise mapeia as variações diárias do índice S&P 500 implícitas nos preços dos contratos de opções.
A primeira conclusão a que o Bank of America chega é a de que, sem surpresa, o dia 6 de novembro, o dia seguinte às eleições, é o dia mais importante para o mercado acionista, para o qual esta análise prevê uma variação de 2,5% (positiva ou negativa) no S&P 500.
A segunda conclusão foi a de que os dias 4 de outubro e 1 de novembro, em que serão divulgados os Nonfarm Payrolls (NFP), deverão causar mais volatilidade (superior a 1%) do que o dia 10 de outubro, em que será divulgado o IPC (inferior a 1%).
Achei interessante esta última conclusão no sentido em que confirma a convicção atual dos investidores de que a Reserva Federal venceu a batalha contra a inflação e de que, por conseguinte, os dados relativos ao mercado de trabalho se revelam de maior importância para o mercado acionista do que os da inflação. O BofA adianta ainda que acredita que surpresas positivas nos dados relativos ao mercado de trabalho serão positivas para o S&P 500, o que significa que o sentimento prevalecente é o de que good news are good news.