Emiliano Silva, Filipe Bernardo, Luís Magno e Hugo Correia, do Banco BEST, analisam o comportamento do PCE e da inflação nos EUA.
O Esta semana vou estar de olho... é da autoria de Emiliano Silva, Filipe Bernardo, Luís Magno e Hugo Correia, da equipa Best Exclusive do Banco BEST.
A inflação nos EUA subiu mais do que era esperado no início de 2024, tendo-se registado um valor anual de 3,4%, 0,2% superior ao estimado pelo consenso dos analistas (3,2%). Este valor veio confirmar o receio dos investidores acerca do crescimento mais acelerado dos preços na maior economia do mundo, e as suas prováveis consequências ao nível do aperto da política monetária.
Pensamos que a divulgação deste indicador no próximo dia 13 marcará a evolução dos ativos com maior risco durante a próxima semana, isto depois de, na última reunião da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell ter afirmado que ainda seria cedo para uma descida das taxas de juro, justificando que, apesar de os sinais serem claramente positivos, a inflação ainda estava acima da meta definida.
Considerando que uma surpresa neste indicador (inflação abaixo das estimativas) poderá aumentar o otimismo dos investidores para o início de uma alteração da política monetária, os recentes dados do emprego (Initial Jobless Claims – 218 mil vs 227 mil dólares esperados) mostram robustez no mercado de trabalho, o que fará com que a Fed dificilmente inicie o corte de juros na próxima reunião de março (como, aliás, referido por Jerome Powell na entrevista ao programa 60 minutos na passada semana).