Esta semana vou estar de olho...nos avanços e recuos da guerra comercial com Hong Kong no centro da nova tensão entre EUA/China

Cristiana Torres_GNB
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(O contributo desta semana é da autoria de Cristiana Torres, gestora da GNB Gestão de Ativos)

Na próxima semana continuaremos atentos às notícias em torno da guerra comercial entre os EUA/China.

O fluxo de notícias tem sido pouco “linear” sobre esta temática, e com os últimos acontecimentos do Congresso norte-americano de ter aprovado uma resolução de apoio aos direitos humanos, que exige uma revisão anual do estatuto comercial especial de Hong Kong à luz da lei dos EUA, uma legislação que posiciona o país norte-americano ao lado dos protestantes.

A votação na Câmara dos Representantes contou com 417 votos a favor e um contra, colocando Hong Kong no centro de uma nova tensão entre os dois países. O presidente Trump terá 3 opções: ignorar e torna-se lei após 10 dias do seu recebimento; assinar e torna-se lei imediatamente; vetar e se o Congresso tiver uma maioria de 2/3, o que parece acontecer, torna-se lei.

Do lado chinês já se insurgiram duras críticas a esta intervenção e falam em possíveis retaliações.

Estamos num momento chave nas negociações comerciais da “primeira fase”, sendo que o acordo poderá não ser alcançado, pois ambos os lados precisam de ceder em áreas sensíveis e este desenvolvimento mais recente em Hong Kong complicou ainda mais o processo.

Os próximos dados importantes podem ser a 15 de dezembro, data em que as novas tarifas de cerca de US $ 160 bilhões em importações da China deverão entrar em vigor. A maioria dessas tarifas atingirá dispositivos eletrónicos, especialmente portáteis e telemóveis. A Administração dos EUA está a pisar em bases sensíveis com essas tarifas, uma vez que muitos dos produtos afetados são muito procurados para a temporada de vendas de Natal. Não foi confirmado oficialmente que os Estados Unidos estariam dispostos a adiar a implementação das tarifas previstas para 15 de dezembro caso o acordo comercial parcial ainda não tenha sido concluído nesse dia. 

Quanto mais tempo podem estes dois países desperdiçar até chegarem a um entendimento?