Tribuna de Pablo Peciña Toña, Senior Wealth Planner da Lombard International Assurance. Patrocinada pela Lombard International Assurance.
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De acordo com uma pesquisa realizada pela Indústria de Ativos Alternativos, Preqin, para a SEI, empresa de serviços financeiros, o setor de investimentos alternativos experimentou um aumento de 40% nos últimos quatro anos, alcançando um valor de 7,7 mil milhões de dólares. Além disso, encontramos esta tendência numa sondagem realizada pela empresa integrada de pesquisa e análise de mercados financeiros, GFM Research, para a Intralinks, fornecedor de tecnologia global, que afirma que em 2017 mais de um terço dos investidores terá aumentado a sua exposição a este tipo de ativos em pelo menos 10%.
A tendência não é estranha para os gestores de carteira, conscientes da necessidade de obter uma maior rentabilidade e satisfazer as exigências dos seus clientes, especialmente os mais sofisticados, incorporando investimentos alternativos e ativos não cotados nas suas carteiras. Neste contexto, o objetivo de obter uma maior rentabilidade através do investimento em ativos não tradicionais é compatível com a incorporação dos referidos ativos num seguro de vida unit-linked, com a obtenção das vantagens adicionais que o mesmo oferece, desde que sejam respeitados os limites estabelecidos a este respeito, os quais são bastante amplos no caso das seguradoras luxemburguesas, quando se tratem de clientes com um património líquido elevado.
Após a emissão do seguro de vida, a seguradora seleciona um gestor para gerir de modo discricionário a carteira associada (linked) à apólice de seguro com base numa estratégia pré-selecionada pelo cliente. No caso desta estratégia prever o investimento de parte da carteira em investimentos alternativos, o gestor levará a cabo a gestão deste tipo de investimentos que passarão a fazer parte do património da seguradora, não do cliente, embora este último, através da sua apólice de seguro (à qual os investimentos estão associados) será quem assume o risco do investimento e quem pode, portanto, beneficiar de possíveis rentabilidades futuras.
O investimento em ativos não tradicionais através de soluções de seguro de vida unit-linked também permite aos gestores acederem a uma maior variedade dentro desta classe de ativos, uma vez que alguns destes investimentos apenas são elegíveis para investidores institucionais, tais como seguradoras e, portanto, de outra forma, não estariam diretamente acessíveis aos clientes.
Do mesmo modo, o seguro de vida pode oferecer o diferimento do imposto sobre o rendimento que tais investimentos, de outra forma, podem gerar para efeitos de IRS sempre que ocorra um evento de liquidez ou sejam feitos desinvestimentos; as obrigações de reporte e regime fiscal que poderão ser, em determinadas situações, aplicáveis ao cliente, estão assim simplificadas, independentemente de onde os investimentos se encontrem domiciliados.
As restantes vantagens do seguro de vida unit-linked são, naturalmente, aplicáveis, tal como a otimização fiscal relativamente ao imposto de selo (isenção da tributação de 10% mesmo no caso de pagamentos a beneficiários que não ascendentes ou descendentes diretos), oportunidades de planeamento sucessório, e proteção dos ativos através do “Triângulo de Segurança” do Luxemburgo, um dos regimes de proteção do Tomador mais seguros do mundo.