Os cinco nomes favoritos dos hedge funds para posições longas

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F-l-e-x, Flickr, Creative Commons

Quais as empresas de grande capitalização favoritas dos veículos de investimento livre, que negociam nos Estados Unidos, para posições longas? A resposta é dada através de dados apresentados pela MarketWatch, publicação que, trimestralmente, anuncia as posições mais comuns neste tipo de produto. Com base em evidências históricas, 15 empresas de pequena capitalização mais populares entre os hedge funds ultrapassam frequentemente, em 18 pontos percentuais ao ano (valor médio) o mercado. Mas isto não significa que não apareçam grandes nomes entre a seleção dos gestores, embora a margem destas "blue chips" para bater o mercado seja inferior.

Os dados publicados durante o terceiro trimestre colocam a General Motors como a grande favorita para se estar “longo”, dado que a empresa aparece entre posições de 140 hedge funds, mais do que os 122 produtos onde constava no segundo trimestre. Este título conta com o “privilégio” de ter entre os seus acionistas Warren Buffet – que através da sua holding Berkshire Hathaway conta com mais de 1.400 milhões de dólares em ações – e David Einhorn, do hedge fund Greenligh Capital, que possui mais de 600 milhões de dólares em ações.

A segunda grande empresa preferida nas carteiras dos hedge funds americanos é a Google. Esta empresa perdeu alguma popularidade, pois no segundo trimestre tinha sido o nome favorito entre este tipo de produtos. Segundo a MarketWatch, pelo menos 20 hedge funds venderam posições nos últimos meses (uma queda de 12,5% entre trimestres), apesar de 139 continuarem positivos em relação à empresa. Desse conjunto, o veículo com uma visão mais otimista e apontando a subida é o Landsdowne Partners.

A Apple, nome favorito para posições longas durante os anos de 2011 e 2012, perdeu a “coroa” no primeiro trimestre deste ano, apesar de no terceiro ter recuperado parte do terreno perdido com 132 fundos a terem posições longas na tecnológica. Isto corresponde a um aumento face aos três meses anteriores, onde apenas constava nas carteiras de 123 hedge funds. A Apple é uma participação de relevo para o milionário Davi Einhorn, cuja posição ronda os 1.000 milhões de dólares.

A seguradora AIG figura no quarto lugar da lista. Tal como o que aconteceu com a Google, perdeu alguma preponderância durante este outono, vendo a sua posição reduzida em oito hedge funds. No entanto, outros 131 têm posições “compradoras” sobre a empresa. O hedge fund com a maior posição longa na AIG, mais de 4.000 milhões de dólares (mais de metade da sua carteira), é o Bruce Berkowitz

Finalmente, o Citigroup é o título que ocupa o quinto posto. Também registou vendas no trimestre, concretamente de seis fundos que desfizeram de posições nesta financeira, apesar da MarketWatch sublinhar o facto do Ken Fisher ter duplicado a sua posição sobre a empresa durante os últimos três meses. A sua participação, no presente, ultrapassa os 500 milhões de dólares. Outros 115 hedge funds mantiveram posições no Citigroup. 

Por ordem de maior a menor presença nas carterias dos hedge funds, as empresas que compõem o top 10 das preferidas para posições longas são o J.P.Morgan, a Microsoft, o Facebook, o Bank of America e a Visa. Uma clara aposta pelo sector financeira e tecnologia pelos fundos de investimento livre norte-americanos.