Só 43% dos fundos temáticos chega a cumprir os 15 anos de vida, segundo um estudo da Morningstar.
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Os fundos que centram o seu universo de investimento numa temática específica há anos que estão presentes nas carteiras dos investidores e com a crise gerada pela pandemia reforçaram essa presença. Ao fim e ao cabo, num contexto, como o de março do ano passado, no qual se desconheciam os efeitos que a curto prazo poderia ter o vírus, muitos procuraram opções de investimento de longo prazo e que, sobretudo, entendiam.
Este novo boom permitiu que 2,1% de todos os fundos de ações globais já estejam em produtos temáticos. É um dado que a Morningstar partilha no seu último relatório Global Thematic Funds Landscape 2021. Nesse relatório também mencionam que o património gerido em fundos temáticos se fixou em 596.000 milhões de dólares, o triplo do que representavam há apenas três anos.
A curto prazo os fundos temáticos deixaram a sua marca nas carteiras. É inquestionável. Mas o que passa quando se analisam prazos mais longos? O seu sucesso é suficiente para os manter com vida? Esta questão também é respondida pela Morningstar no mesmo estudo e conclui que a nível global mais de dois terços dos fundos temáticos sobreviveram e superaram os mercados mundiais de ações (segundo o índice Morningstar Global Markets) no ano que finalizou em março de 2021.
Outro ponto interessante é a percentagem de sucesso a longo prazo. Neste caso “a taxa de sucesso se reduz para apenas 22% dos fundos temáticos, se considerarmos o período de 15 anos”, afirma o provedor. Ou seja, só dois em cada dez têm melhores resultados que os seus índices e talvez essa seja a razão pela qual apenas 43% chegue aos 15 anos de vida.
Olhando agora para a escala europeia, os números são ainda piores. Isto apesar de ser na Europa onde se concentra mais de metade do património nos fundos temáticos. Em concreto, apesar da taxa de sobrevivência a curto prazo ser muito alta (e igualmente alta é a taxa de temáticos que superam em rentabilidade os seus índices), à medida que aumenta o prazo vai diminuindo. “Ao fim de cinco anos, menos de metade destes fundos sobreviveram e superaram as ações mundiais, número que se reduz só para 17% nos últimos 15 anos”, afirmam na Morningstar.