Pertencem à Square Asset Management, à Silvip e à BPI Gestão de Activos, e são os fundos imobiliários abertos que não ficam mal na fotografia, conseguindo retornos positivos no período.
Muito embora o negócio de gestão de fundos imobiliários em Portugal seja um dos mais antigos da Europa, a performance destes produtos declinou principalmente depois do início da última crise financeira. Os factores que conduziram aos resultados menos favoráveis dos fundos são vários. Como relatavam à Funds People alguns profissionais do sector há mais de um ano, nessa lista de entraves incluem-se a desocupação de determinados imóveis, a fragilidade das tesourarias dos inquilinos ou a própria desvalorização dos imóveis.
Numa retrospetiva de três anos os resultados relativos aos fundos imobiliários abertos - tanto os de rendimento como os de acumulação – são sintomáticos da fase complicada vivida no sector. Nesse período, segundo os dados da APFIPP de 29 de maio, são apenas três os produtos cujas rentabilidades são positivas.
Mais do que habituado a estar na lista de fundos imobiliários com performance favorável em vários períodos está o CA Património Crescente. O fundo gerido pela Square Asset Management apresenta nos últimos três anos um retorno anualizado de 3,07% e contava com cerca de 262 milhões de euros em ativos sob gestão no final de abril. No ano passado, depois de receber o título de melhor portfólio imobiliário nacional pelo Investment Property Databank (IPD), Pedro Coelho, administrador da entidade, explicava à Funds People que a gestão deste fundo se assemelha a uma lógica de “relógio suíço”. “O fundo tem de funcionar numa espécie de relógio suíço, em que as rendas têm de bater certo todos os dias, existindo relações duradouras com os inquilinos”, reiterava o especialista sobre este fundo aberto de acumulação.
Pertencente a uma categoria distinta está o fundo VIP, gerido pela Silvip. Incluído nos fundos abertos de rendimento, segundo o site da entidade, o produto distribui rendimentos de três em três meses. Segundo as mesmas informações da APFIPP de 29 de maio, este fundo apresenta uma rentabilidade no último triénio ligeiramente inferior à do antecessor: 2,56%. Este produto no final do ano passado contava com mais de 6.700 participantes, ao passo que no final de abril o seu volume sob gestão superava os 300 milhões de euros. Dentro dos fundos imobiliários abertos, e desde o início de 2015 este é o produto que mais se destaca em termos de performance.
O Imofomento é o terceiro produto que dá nas vistas a três anos, e que consegue 'sorrir' em termos de resultados no período. Gerido pela BPI Gestão de Activos é igualmente um fundo que distribui rendimentos, e que, no final de abril, contava com cerca de 156 milhões de euros de património gerido. Em termos de resultados, o fundo que distribui rendimentos a 2 de maio e 2 de novembro de cada ano (segundo o seu prospecto), alcançou nos últimos três anos ganhos anualizados de 1,10%. Numa análise que a Funds People executava em 2012 acerca dos fundos imobiliários que menos tinham caído desde o início da crise financeira, o produto era um dos mencionados.