Em mais uma emissão de bilhetes do tesouro a três e a 11 meses, Portugal emitiu 635 milhões de euros para ambos os vencimentos.
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De volta aos mercados para um leilão de dívida de curto prazo do ano, o Estado português emitiu 1.250 milhões de euros em dívida de curto prazo. No caso dos bilhetes do tesouro com maturidade de três meses, a yield fixou-nos -0,543% e a procura superou a oferta 2,87 vezes. Relativamente aos bilhetes do tesouro a 11 meses, a yield não foi além dos -0,524% e a oferta foi 2,75 vezes superior à oferta. Para ambas as maturidades, o montante emitido foi de 625 milhões de euros.
“Apesar de nas últimas semanas termos assistido a uma subida nas yields de longo prazo na dívida soberana, este movimento não se fez sentir na dívida de curto prazo. Face ao último leilão comparável, até assistimos a uma descida das taxas, nos 3 meses dos -0,501% para os -0,543% e nos 11 meses dos -0,473% para os -0,524%”, compara Filipe Silva, diretor de Investimentos do Banco Carregosa.
Além disso, o profissional comenta que “a necessidade de apoios dos Bancos Centrais ainda está bem latente no mercado de crédito, os novos confinamentos vieram trazer ainda mais incertezas relativamente à velocidade da recuperação económica e a possibilidade de terem de vir a ser implementadas novas medidas para estimular a economia. As taxas irão continuar baixas e permitir a quem emite dívida que o faça com taxas negativas. O Rollover da dívida de curto prazo continua com taxas historicamente baixas e que acaba por ser uma ajuda para reduzir os custos de serviço da dívida nacional”.
Na mesma linha, João Lampreia, Chief Investment Strategist no BiG, referia nas suas perspetivas para este ano que “o descontrolo da pandemia no início de 2021 obrigará os Governos a reforçar/prolongar as políticas de apoio, o que de forma perversa torna as más notícias imediatas do quadro sanitário em potenciais efeitos positivos de curto prazo no mercado de capitais”.