Que gestoras dispõem das gamas de fundos com melhor rating quantitativo Morningstar?

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Existem muitas formas de avaliar a qualidade dos fundos de investimento que as gestoras fornecem. Uma delas é através das estrelas Morningstar, analisando o rating médio dos produtos de cada entidade e comparando-o aos seus concorrentes. Ou seja: pode-se colocar numa tabela o volume de ativos que uma entidade gere em produtos que têm estrelas, calcular o rating médio e ver como se sai em relação ao resto das gestoras. É o exercício que a Morningstar fez a nível europeu. No entanto, para que o exercício faça sentido, a primeira coisa que o investidor deve saber é que tipo de informação as populares estrelas que a empresa de análise concede transmitem.

Tal como explica Fernando Luque, editor financeiro na Morningstar, o rating é uma classificação unicamente quantitativa. Baseia-se exclusivamente em cálculos de rentabilidade e risco passados, não intervindo nenhum fator subjetivo ou qualitativo na valorização do fundo. Por isso, este rating não serve para prever comportamentos futuros, embora pudesse ser utilizada como uma primeira abordagem para comparar fundos dentro da mesma categoria e saber quais registaram os melhores resultados. O exercício que a Morningstar faz fundamenta-se em três premissas: selecionar as gestoras europeias com mais de 5.000 milhões em fundos com rating, ficar apenas com aquelas que tenham pelo menos dez fundos ou classes com rating e excluir do estudo os ETFs.

Das 50 entidades com mais volume de ativos em fundos com rating, a que atualmente dispõem de uma maior percentagem de ativos em fundos com quatro ou cinco estrelas Morningstar é a Sjunde. 93% do património que gerem em produtos com rating estão em fundos com esta classificação. Seguem-lhe a PIMCO (89% dos seus ativos estão em fundos com quatro ou cinco estrelas Morningstar), a Vanguard (79%), a Robeco (77%), a Allianz Global Investors (75%) e a M&G Investments (71%). Esta informação é interessante, mas não deixa de ser incompleta, já que se pode dar o caso de que algumas gestoras contem com fundos de grande tamanho com quatro ou cinco estrelas que distorçam a média, sobretudo se o resto contar com baixos volumes.

Mais relevante ainda é a seguinte derivada do estudo: a de analisar quais são as entidades melhor pontuadas, fazendo uma distribuição equiponderada dos ativos para evitar possíveis distorções. O resultado desta nova análise é que a PIMCO se posiciona como a gestora com a pontuação mais alta (3,77 estrelas em média). E consegue-o graças à elevada nota que os seus fundos de ações recebem, onde se destaca com um rating médio de 4,8 em 5, assim como pelos seus produtos de obrigações (4,48). Seguem-lhe o Royal London e a Robeco, com um rating médio equiponderado por ativos de 3,73 e 3,65 estrelas, respetivamente. Muito próximo delas está a Vanguard (3,6), que se sobressai especialmente pelos seus fundos mistos, onde obtém uma nota média de 4.92.

A Allianz Global Investors e a Fidelity International estão mesmo nos seus calcanhares. Apenas uma centésima as separa. O rating médio equiponderado por ativos da gestora alemã é de 3,59 estrelas, enquanto o da empresa anglo-saxónica é de 3,58. Em nenhum dos casos há surpresas, uma vez que enquanto a Allianz Global Investors consegue tirar acima da sua nota média graças aos seus fundos multiativos (4,69 estrelas), no caso da Fidelity consegue-o graças às suas estratégias de ações, onde a empresa foi historicamente muito forte (rating médio de 3,88). Pode aceder ao ranking completo das 50 maiores entidades com ativos em fundos com rating Morningstar através do seguinte link.

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