A Schroders realizou um inquérito a 110 investidores e os resultados foram claros: as questões políticas são o que mais preocupa os investidores portugueses.
A gestora de ativos independente Schroders, realizou, durante a sua conferência anual no passado mês de janeiro, em Lisboa, um inquérito a 110 investidores qualificados nacionais. A realização deste inquérito informal foi feita através de um questionário digital realizado junto da audiência e de forma anónima.
De acordo com os dados divulgados pela gestora, os resultados demonstram que os riscos políticos são aquilo que mais preocupa 32,7% investidores inquiridos. Através do questionário foi também possível comprovar que as guerras comerciais (20,9%), o fim do programa de compra de ativos do Banco Central Europeu (20,0%) e o ambiente de baixas taxas de crescimento (19,1%) também são motivos de apreensão para os investidores nacionais. Em relação à classe de ativos que terá melhor desempenho este ano, a maioria dos investidores apostou nas ações de mercados emergentes (39,2%), nas ações norte-americanas (22,8%) e nas ações europeias (17,7%).
A gestora revela que partilha das opiniões dos investidores inquiridos. A Schroders também acredita que as disrupções políticas estão a condicionar os fluxos típicos da globalização com o ressurgimento de medidas protecionistas e que o aumento da contestação popular, o que pode aumentar a pressão sobre os orçamentos nacionais.
A gestora também aposta que os mercados emergentes são a classe de ativos que deverá registar uma melhor performance este ano. Na base disto está o fim da subida de taxas pela FED que deverá acontecer brevemente. Um dólar mais fraco vai impulsionar o valor das ações destes mercados.
A Schroders considera, ainda, que a Guerra Comercial entre os EUA e a China se vai prolongar por mais algum tempo. E em relação às ações americanas e europeias, a gestora julga que existem oportunidades em ações menos expostas ao ciclo económico e às circunstâncias internacionais e que se focam na criação de valor.