Schroder GAIA Helix: o taco nº 7 da plataforma de alternativos da Schroders

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Um fundo todo-o-terreno ou um taco de golfe número 7 - um taco para todas as ocasiões - é como Robert Donald, CIO e um dos responsáveis pelo Schroder GAIA Helix, define esta estratégia que colhe o alfa mais persistente de todo o universo da Schroders. Mas ao contrário dos desportos individuais a que recorre para esta analogia, o Helix é mais como um desporto de equipa, como o rugby ou o futebol. É um ‘hedge fund’ UCITS, multi-estratégia, market neutral que se configura como um ponto de acesso único ao que de melhor se faz na casa de investimentos britânica agregando o expertise de vários gestores e estratégias da Schroders. “A realidade é que acreditamos que este produto pode gerar bons retornos em todos os momentos e deve ser encarado como uma parte central da alocação a alternativos de um portefólio de alocação”, comenta Robert Donald. O especialista acredita que esta estratégia, como componente central de uma carteira, pouco volátil, com drawdowns limitados e neutra face ao mercado pode então conferir estabilidade e descorrelação para contrabalançar outras estratégias mais direcionais e com maior volatilidade

Para Robert Donald, este tipo de estratégias torna-se ainda mais relevante num contexto em que nos “aproximamos de uma conjuntura em que temos uma política monetária extremamente expansiva e uma política fiscal extremamente agressiva, o que se configura em vários ventos favoráveis que vão direcionar os mercado. Por outro lado, as taxas de juro serão o preço que teremos que pagar por esta postura e quando subirem vão afetar os múltiplos de mercado. Há que decidir então se se quer estar numa estratégia com um delta elevado, ou posicionar num espaço mais market neutral”, exclama.

23 compartimentos de alpha

Na sua essência é a classe de ativos de ações que concentra maior atenção da equipa gestora da estratégia Helix. São 23 compartimentos, 14 dos quais são long-only - cobertas para o risco de mercado -, seis long-short, uma estratégia sistemática e duas ‘non-equity’ (systematic credit e emerging market debt/equity). Não funciona como um fundo de fundos, mas sim como um agregador dos melhores geradores de alpha da Schroders, pelo que a transparência, flexibilidade e dinâmica são uma característica chave da Helix. Ao nível do fundo, a equipa gere então os vieses que resultam da agregação do expertise dos gestores da Schroders. O objetivo de retorno encontra-se entre os 6 e 10% anual, com uma volatilidade que não tem ultrapassado os 4%.

Processo simples

“Um processo que não é, de todo, complicado”, diz o CIO, mas que tem múltiplas camadas de expertise na seleção do alfa. “Pegamos em todo o universo de talento e estratégia na empresa e recorremos a uma ferramenta própria que nos ajuda não só a perceber diferentes variáveis que procuramos identificar, mas também a estabelecer um scorecard e um ranking de gestores internos e externos que achamos particularmente bons”, explica. 

No entanto, este primeiro nível e os seus resultados são retrospetivos, como explica Robert Donald, pelo que é utilizado em conjugação com outras quatro ferramentas. Uma delas, o economic scorecard, que identifica onde estamos num determinado momento do ciclo e qual a tendência de evolução. “A cada momento do ciclo, este relógio económico diz-nos em que momento do ciclo estamos e quais das nossas estratégias tendem a comportar-se  melhor”. Uma ferramenta de mercado, que permite, à semelhança da anterior, perceber quais as estratégias que se comportam melhor num determinado contexto. E como não podia deixar de ser, uma ferramenta mais qualitativa de convicção nas estratégias. “Reunimos com os gestores, formalmente, todos os trimestres”, explica.

Finalmente, uma ferramenta tática,“que ajuda a estabelecer como agir quando uma estratégia em particular se comportou desproporcionalmente, bem ou mal, e porquê. Numa situação em que uma estratégia se comportou mal, mas percebemos porquê, e nos sentimos confortáveis de que o processo está intacto, podemos considerar aumentar a alocação, ou vice-versa”. 

E como não podia deixar de ser, os fatores ESG e a sustentabilidade não passam ao lado do fundo. Robert Donald indica que estes sempre foram integrados no processo, “seja ao nível do gestor individual, percebendo e assegurando que consideram os riscos ESG no processo, seja a nível da própria estratégia”. Contudo, é assertivo ao deixar claro que apesar de ser um risco que tem que ser gerido “não têm qualquer restrição ou hesitação em recuar na inclinação ESG” se percecionarem este espaço como ‘sobre-populado’ e que isso pode levar a desajustes de preços