Segmento imobiliário: o maior fundo de cada categoria

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ChodHound, Flickr Creative Commons

O segmento imobiliário tem sofrido, e de que maneira, com as oscilações nos seus ativos sob gestão. Segundo os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – no final de julho o Património Imobiliário ascendia a mais de 10.616 milhões de euros, menos 0,8% do que o registado no mês anterior. Já o volume gerido fixou-se acima dos 9.543 milhões de euros, menos 1,1% do que o valor atingido em junho. Estes valores são um pouco diferentes do que os apresentados pela CMVM, já que a APFIPP apenas analisa 89,12% do mercado, respeitante às suas entidades associadas.

Do valor total sob gestão, mais de 50% está alocado em fundos fechados. No total, são mais de 4.790 milhões de euros, que representam cerca de 50,2% do segmento analisado pela Associação. Nesta categoria, o seu maior fundo é o o Fimes Oriente, da Gesfimo, com um património superior a 276 milhões de euros.

Com mais de 1.967 milhões de euros surge, como segunda maior categoria, o segmento que junta os Fundos Abertos de Acumulação. Neste segmento a APFIPP junta todos os fundos de investimento imobiliários que “não distribuem qualquer tipo de rendimento, reinvestindo automaticamente os rendimentos gerados pelas respectivas carteiras”. O maior fundo da categoria é o CA Património Crescente que é gerido pela Square Asset Management e que é um produto Blockbuster Funds People. Nos últimos cinco anos foi eleito o fundo com melhor portefólio imobiliário nos IPD European Property Investment Awards. Recentemente, Pedro Coelho, administrador da entidade, afirmava que este prémio significava “a consolidação do CA Património Crescente como um dos melhores produtos de investimento do mercado, a nível internacional”. O fundo fechou o mês de julho com mais de 340 milhões de euros em património, sendo o segundo maior fundo nacional. Desde o final do ano passado, o fundo já cresceu mais de 10% em termos de valor de carteira, já que finalizou 2015 nos 307 milhões de euros.

O maior fundo imobiliário nacional faz parte do terceiro maior segmento. Trata-se do fundo Fundimo, da responsabilidade da Fundger. O fundo insere-se na categoria dos Fundos Abertos de Rendimento, o que quer dizer que distribui de forma periódica “aos participantes os rendimentos gerados pelas respectivas carteiras”. No final de julho o fundo tinha um património superior a 560 milhões de euros.

Restantes abaixo dos mil milhões de euros

Os restantes segmentos registam valores acumulados abaixo dos mil milhões de euros. Com 652 milhões de euros vem a categoria que junta os fundos imobiliários de arrendamento habitacional – FIIAH. Neste segmento o maior produto é o Caixa Arrendamento, da Fundger, com 113 milhões de euros.

Com um valor total de 564 milhões de euros vem o segmento FUNGEPI – os Fundos de Gestão do Património Imobiliário, cujo maior produto é o Novo Banco II, da GNB Gestão de Ativos, com mais de 195 milhões de euros.

As duas restantes categorias são bem menos expressivas. Com 53 milhões de euros vem o segmento que engloba os fundos florestais, seguido dos fundos de reabilitação com 41 milhões de euros. Em termos de maiores fundos nestas categorias, no caso da primeira categoria o maior fundo é o Josiba Florestal que é gerido pela BPI Gestão de Activos. Olhando para a segunda, o produto de maior dimensão trata-se do Príncipe Real Fundo de Reabilitação Urbana que é gerido pela Lynx Asset Managers. Ambos os produtos gerem cerca de 25 milhões de euros.

Os maiores fundos de cada categoria

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Fonte: APFIPP no final de julho