Três maiores custodiantes com quota de mercado de 55,5%

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No final de 2017, o valor dos instrumentos financeiros registados por conta de outrem era de 228 mil milhões de euros, o que foi um valor “superior ao inscrito no ano anterior em resultado do aumento dos valores sob custódia de entidades nacionais”. Esta é a explicação referida pela CMVM, que no seu último relatório referente ao ano passado, indica que “o maior contributo para o crescimento daqueles montantes foi dado pelos investidores residentes, apesar de a sua importância relativa ter diminuído ligeiramente”. Ainda assim, o regulador assinala que “os investidores residentes continuam a deter principalmente outros valores mobiliários e dívida pública, enquanto os não residentes detinham maioritariamente ações”.

No que diz respeito à concentração do mercado, apesar desta ter sido inferior à do ano anterior, o Regulador assinala que a quota de mercado dos três e dos cinco maiores custodiantes situou-se em 55,5% e 81,6%, tendo o índice HHI a sinalizado igualmente uma diminuição da concentração no sector.

Porque “a atividade de registo e depósito também é exercida por conta própria, isto é relativamente aos instrumentos financeiros detidos pelos próprios intermediários”– como salvaguarda a CMVM – o relatório assinala também como decorreu esta atividade em 2017. “O valor dos instrumentos financeiros registados por conta própria aumentou para os 102,2 mil milhões de euros no final do ano”, relata o regulador, referindo que “cerca de 63,0% do montante registado diz respeito ao mercado não regulamentado, peso que se tem mantido estável”. A quota de mercado dos três maiores custodiantes, por sua vez, foi de 55,3%, “próxima da observada no ano anterior, com o índice HHI a sinalizar uma ligeira diminuição da concentração no sector”.

Em jeito de conclusão, o Regulador assinala que na “intermediação financeira assistiu-se ao aumento das ordens recepcionadas e executadas por conta de outrem no mercado a contado e, em simultâneo, ao crescimento dos valores negociados e registados”. Em sentido oposto, destacam, “acentuou-se a menor propensão dos investidores para direcionar as suas ordens para o mercado a prazo”.