O volume de investimento da actividade de capital de risco em Portugal situou-se em 228,5 milhões de euros em 2012, o que representa um decréscimo de 48% face ao ano anterior, quando tinha sido de 442,3 milhões, de acordo com as séries anualizadas da EVCA (European Venture Capital Association), divlgada pela Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI).
O montante registado no ano passado "resultou de 162 operações formalizadas por 113 companhias", é referido na 'newsletter' da associação referente ao quarto trimestre do ano passado, tendo na repartição do investimento por sector o de 'Bens de consumo e retalho' liderado com um total de 47,8 milhões, seguido do 'Desconhecidos', com 47,6 milhões, e do 'Imobiliário', com 37,9 milhões. No quarto lugar surge o de 'Negócios e produtos industriais', com 27,4 milhões de euros.
Relativamente ao tipo de operação, os dados mostram que "mantém-se o 'Buyout' como a principal responsável, com um valor absoluto a rondar os 177 milhões de euros (77,5% do investimento realizado no período)", enquanto "growth capital" representou 32,3 milhões de euros e "start-up" 12,3 milhões de euros.
Nos desinvestimentos feitos pelos operadores a descida homóloga foi ligeira, com a monante total a situar-se em 100,3 milhões de euros (69 operações), face a 102,3 milhões em 2011 (70 operações). "A venda comercial de participação ('trade sale') foi a principal forma de desinvestimento, representando 61,74% do total", de acordo com o mesmo documento. Seguiram-se os desinvestimentos feitos via MBO (14 milhões de euros) e via 'write-off' (quase 12 milhões de euros).
Quanto ao levantamento de fundos, os números recuaram em 2012 para quase metade do que tinham sido no ano anterior. No total, os fundos levantados ascenderam a 268,5 milhões de euros, o que compara com 532,4 milhões um ano antes, tendo sido "alocados na sua maioria à componente 'Buyout', num total de 230 milhões de euros".