2022: o quinto melhor ano para os ETF na Europa

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Créditos: Nathan Dumlao (Unsplash)

Imparável tendência de crescimento. Apesar da correção, com 82.000 milhões de euros em subscrições líquidas, 2022 tornou-se o quinto melhor ano para o mercado europeu de ETF em termos de fluxos. Segundo os dados publicados pela Amundi no fim do ano, os ativos sob gestão de ETF cotados na Europa ascendem atualmente a 1,24 biliões de euros. Estamos a falar de um crescimento anualizado de 17% durante a última década.

Em 2022 entrou dinheiro tanto nos ETF europeus de obrigações como de ações. Em concreto, 31.600 milhões e 54.100 milhões de euros, respetivamente, em entradas líquidas.

Em obrigações, vivemos um ano de reposicionamento. De adaptação à mudança das circunstâncias. Os investidores de ETF europeus de obrigações ajustaram continuamente a sua exposição ao risco. No segundo trimestre, procuraram inicialmente exposições a obrigações a curto prazo, como ETF de crédito a curto prazo, para ajustar o seu risco de duração num contexto de taxas mais elevadas.

À medida que o ano avançava, juntamente com o ciclo de endurecimento dos bancos centrais, aumentou o apetite por exposições de maior duração. As obrigações soberanas (principalmente em euros e dólar norte-americano) e as obrigações corportativas investment grade foram os segmentos mais favorecidos. Pelo contrário, a dívida de mercados emergentes experienciou saídas significativas, especialmente em obrigações denominadas em yuan.

Emergentes, sim, em ações

Em ações, o foco desde o início foi uma exposição global ou norte-americana, enquanto os produtos de ativos europeus registaram saídas significativas. Ao contrário dos ETF de obrigações, em ações os ETF de emergentes acumularam fluxos constantes mês após mês. A China manteve-se na parte alta da agenda dos investidores. Como resultado, as exposições a Energia Alternativa e a Cibersegurança ganharam força, com entradas significativas em ETF temáticos.

E como tendência, é preciso destacar como os ETF ESG europeus registaram entradas de 52.700 milhões de euros, segundo números da Amundi. Esse dinheiro foi principalmente para ETF Climate e Broad ESG. A maior parte foi para ETF de obrigações ESG, que atraíram 66% dos fluxos totais de obrigações (20.800 milhões de euros em subscrições líquidas, de 31.600  milhões de euros).