Nesta transição, o papel das gestoras de investimento é cada vez mais importante, uma vez que são elas que podem incentivar as empresas onde investem a tomar medidas nesse sentido.
Registe-se em FundsPeople, a comunidade de mais de 200.000 profissionais do mundo da gestão de ativos e património. Desfrute de todos os nossos serviços exclusivos: newsletter matinal, alertas com notícias de última hora, biblioteca de revistas, especiais e livros.
Para aceder a este conteúdo
Faltam apenas 48 horas para a 26ª Edição da Conferência das Partes, mais conhecida como COP26, começar em Glasgow. Espera-se que, nestes dez dias de duração desta conferência, as bases sejam lançadas e se trace o guia para as políticas e ações que os governos e as empresas devem levar a cabo para avançar em direção a um menor aquecimento global.
Nesta transição, o papel das gestoras de investimento é cada vez mais importante, uma vez que são elas que podem incentivar as empresas onde investem a tomar medidas nesse sentido. Neste momento, uma em cada quatro gestoras (entre os 500 maiores do mundo) já fixou como objetivo o uso dos seus investimentos para atingir zero emissões líquidas, de acordo com um estudo recentemente publicado pela NN Investment Partners.
A gestora realizou uma análise de Processamento de Línguas Naturais (NLP, sigla em inglês) de mais de 10.000 publicações sobre investimento responsável e mostra como o clima entrou na agenda das 500 maiores gestoras de ativos do mundo, com o dobro das publicações sobre investimento responsável e 150.000 parágrafos em que são abordados os temas ambientais, sociais e de governance (ESG).
2025 e 2030, como meta
Especificamente, as gestoras de ativos mencionaram as emissões de CO2 em 33% das suas publicações relacionadas com o ESG este ano, acima dos 6% de 2016. Concentram-se principalmente na fixação de objetivos a médio prazo, de modo a que a proporção dos seus investimentos seja gerida de acordo com uma política de zero emissões líquidas, de acordo com a análise do texto. Quanto ao prazo, a maioria menciona 2025 e 2030 como data-alvo. A investigação também encontrou várias menções de guia e enquadramento para as zero emissões líquidas nas suas publicações. Tudo isto leva-os a afirmar que 24% das gestoras chegam à COP26 com o objetivo de atingir zero emissões com os seus investimentos.
Publicações relacionadas com o ESG no site das gestoras de ativos
“Esperamos que a COP26 conduza a progressos e novos compromissos em matéria de metas para as finanças climáticas, maiores ambições das grandes economias em consonância com o Acordo de Paris e contribuições mais fortes dos países deixados para trás. Qualquer que seja o resultado, continuaremos firmes nos nossos compromissos climáticos e continuaremos a unir-nos com outros participantes no mercado”, afirma Adrie Heinsbroek, diretor de Sustentabilidade da NN Investment Partners.