No ano de 2021, a CMVM continuou a reforçar a sua supervisão prudencial. No caso das gestoras, em 2021 manteve-se a monitorização dos requisitos prudenciais.
Em 2021 as gestoras nacionais apresentaram uma evolução positiva no que toca aos seus sistemas de gestão do risco de liquidez. É o que reconhece a CMVM, que no seu último Relatório Anual de 2021 aborda, por áreas, como desenvolveram a sua atividade.
Na área de supervisão prudencial, liderada por Carla Mãe, indicam que 2021 foi um ano de continuar o reforço da supervisão "baseada nos dados recebidos e na identificação de riscos", naturalmente provenientes também do contexto de pandemia. No caso dos fundos de investimento, a diretora do departamento de Supervisão Prudencial e Autorizações, revela que houve "um controlo mais detalhado dos riscos de liquidez", enquanto que ao nível das entidades gestoras, o foco foi maior nos "requisitos de fundos próprios".
No que toca à atividade dos fundos de investimento e gestão individual de carteiras, foi também tempo de avaliar as medidas tomadas pelas entidades gestoras, tendo em conta "as recomendações emitidas pela CMVM em 2020". A evolução positiva é sublinhada. Nomeadamente "nos sistemas de gestão do risco de liquidez na maioria das entidades gestoras de fundos abertos, incluindo na realização de testes de esforço". Contudo, aponta também a responsável, existem ainda "aspetos a melhorar" que a CMVM continuará a acompanhar.
Fundos e gestoras diminuíram níveis de incumprimento
Os níveis de risco de mercado, de liquidez e de crédito, e ainda o cumprimento dos limites legais de natureza prudencial dos fundos de investimento também foram monitorizados. Aspetos em que a CMVM encontrou "uma redução significativa do nível de incumprimentos no ano".
Relativamente às entidades gestoras, 2021 foi o ano em que mantiveram "a monitorização dos requisitos prudenciais em matéria de fundos próprios". Nomeadamente, "o reforço da análise do modelo de negócio do programa de atividades e do plano de viabilidade económica e financeira para as entidades numa situação patrimonial mais debilitada, o que permitiu uma diminuição significativa dos níveis de incumprimento".
No final de 2020, Carla Mãe contava à FundsPeople o quão importante era que as sociedades as gestoras mantivessem o foco na gestão dos principais riscos a que os fundos se encontravam sujeitos.