80% dos profissionais financeiros quer trabalhar a partir de casa

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Créditos: Samantha Gades (Unsplash)

Com a campanha de vacinação avançada em muitos países do mundo e perante a abertura económica e social após um ano marcado pela COVID-19, as empresas estão a começar a retomar os planos de regresso ao escritório dos seus colaboradores. Na gestão de ativos, são várias as empresas que estão a apostar num modelo híbrido de trabalho presencial e remoto como comentávamos neste artigo. E parece que esse modelo está muito em linha com o que querem os trabalhadores.

Pelo menos é isso que se depreende de um recente estudo publicado pelo CFA Institute que tem como título Future of Work in Investment Management no qual perguntaram aos profissionais financeiros CFA como veem a evolução do seu trabalho após a COVID-19. Em concreto, 81% dos inquiridos gostaria de trabalhar remotamente pelo menos uma parte da semana. Este número varia em função do género dos trabalhadores, da experiência e também de onde estão localizados.

Por exemplo, os que acabam de começar a carreira, com menos de dois anos desde que obtiveram o CFA, são os que menos desejam trabalhar à distância, o que é coerente com a expectativa de que é mais difícil aprender com os outros num contexto de trabalho remoto ou híbrido, especialmente sem o benefício de uma rede profissional. Por regiões, o interesse no trabalho à distância é maior na América e na EMEA (85%) face à APAC (69%). Quanto ao género, 87% das mulheres mostra-se partidária de misturar o trabalho presencial com o teletrabalho, face aos 80% dos homens.

Talvez uma das razões que estão por detrás do facto de as mulheres apoiarem o modelo híbrido é que foram elas que, uma vez mais, assumiram a maioria da carga familiar durante a pandemia, como se pode ver no gráfico seguinte.

As empresas estão alinhadas com o teletrabalho?

“Apesar de algumas notícias de líderes que se comprometem a voltar a um contexto de escritório tradicional, a maioria das organizações indica que as suas políticas vão mudar”, afirmam no estudo. E mostram números.

Por exemplo, antes da COVID-19, só 15% das empresas apoiava fortemente o teletrabalho e aceitava-o. Agora o número é de 77%. Também cresceu o número de empresas que defende o trabalho flexível incluindo a flexibilização da jornada de trabalho. Antes da pandemia, eram apenas 23% e agora esse número subiu para 75%.