A Fundação da Casa de Bragança celebrou 90 anos no passado mês de novembro. É uma instituição que tem como objetivo preservar a memória e os bens culturais da Casa de Bragança - uma das mais antigas e influentes famílias nobres portuguesas - bem como promover atividades culturais, educativas e de caridade. Desempenha, portanto, um papel importante na preservação da herança cultural portuguesa e na promoção do interesse público pela história do país.
Conforme descrito no relatório e contas da fundação, o ano de 2023 foi, em boa medida, "ainda marcado pelos esforços de recuperação de acontecimentos ocorridos em anos anteriores, uma vez que os impactos a nível global da pandemia e da guerra na Ucrânia subsistem". Ainda assim, a instituição acabou o ano com 155,3 milhões de euros em ativos, "refletindo, sobretudo, a valorização das aplicações financeiras em regime de gestão discricionária". Tal representa uma subida de quase 3 milhões de euros face a 2022, mas menos de 2 milhões face a 2021, onde o montante ascendeu aos 157,4 milhões de euros.
No que respeita aos investimentos financeiros, a gestão discricionária da fundação alcançou 35,7 milhões de euros, em 2023, o que representa um aumento de aproximadamente 4 milhões de euros. Uma valorização média líquida dos ativos financeiros detidos de 9%, "o que permitiu uma recuperação significativa dos resultados do ano anterior".
Tal como no ano anterior, para estes resultados contribuiu o investimento realizado num fundo do "tipo private equity real estate, que originou, em 2023, o pagamento de juros 7%, gerador de um ganho de 350 mil euros".