Seja seguro de vida, fundo mobiliário ou fundos de pensões, os PPR representam uma forma fiscalmente mais atrativa de poupar a longo prazo. Contudo, os diferentes segmentos de mercado mostram uma evolução díspar.
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O invólucro PPR - Plano Poupança Reforma - pode envolver três tipologias distintas de soluções de investimento: seguros de vida, fundos de investimento e fundos de pensões. E em duas das três categorias de produto tem-se registado uma evolução impressionante ao longo dos últimos anos, deixando evidente o quanto um benefício fiscal pode ser um incentivo à poupança a longo prazo.
Dados divulgados pela ASF no Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões de 2021 mostram a evolução positiva que se tem visto no montante investido em fundos de investimento e fundos de pensões PPR. Os primeiros cresceram dos 2,28 mil milhões de euros em 2017 para os 4,3 mil milhões (+88%), enquanto os segundos cresceram mais de 72% em quatro anos para os 933 milhões de euros.
Por outro lado, o segmento PPR seguro de vida atingiu o seu pico em 2019 e tem vindo a perder volume desde então. O perfil, tipicamente, de capital garantido destas soluções no universo segurador acabou por limitar também o potencial de rentabilidade num período de taxas tão baixas como o se tem vivido até final de 2021.
Contudo, e como alerta a entidade supervisora do setor segurador e dos fundos de pensões, "apesar da desaceleração verificada nos últimos dois anos, os seguros de Vida continuam a constituir, de forma destacada, o veículo de financiamento com maior representatividade no total do mercado". E de facto, apesar da evolução negativa, o setor segurador agregava ainda cerca de três quartos do mercado de PPR.