Depois de analisada a evolução dos fundos perfilados agressivos, chega a altura de colocarmos sob o microscópio a evolução dos fundos perfilados moderados.
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No seu artigo em que apresentava as perspetivas para o segundo semestre, Bruno Costa, CFA, partner da Dolat Capital relembrava como ficaram marcados estes primeiros meses de 2021. “Assistiu-se a um desempenho positivo da maioria dos mercados acionistas, suportados pelas perspetivas de recuperação do crescimento económico global, decorrentes dos planos de vacinação para a Covid-19 a nível mundial”, afirmava.
Assim, como terá sido a evolução da alocação dos fundos perfilados moderados? É com base em dados da Morningstar Direct até abril deste ano que observamos o comportamento.
Alocação por categoria global
Verifica-se que a alocação a ações por parte desta categoria de produtos aumentou desde o início do ano cerca de 2,42%, em detrimento de exposição a obrigações e liquidez. Já o investimento em obrigações diminui 1,53% desde janeiro de 2021. No entanto, as obrigações continuavam a pesar, em média, mais de 50% nas carteiras dos produtos perfilados moderados.
América do Norte foi a região preferida
No que concerne a alocação geográfica das ações, a variação mais significativa foi verificada na região da América do Norte, que desde o início do ano aumentou em 2% o seu peso nas carteiras destes fundos. Neste contexto, e tendo em conta a alocação dos fundos perfilados agressivos, vemos que, enquanto a Europa desenvolvida era a região que ganhava mais terreno nesses fundos, agora, nos fundos mais moderados, foi a América do Norte a região preferida.
A exposição média dos fundos perfilados nacionais moderados à Europa desenvolvida também aumentou, mas marginalmente (0,7%). Por outro lado, ambas as regiões asiáticas (Ásia desenvolvida e Ásia emergente) decresceram a sua preponderância nas carteiras destes fundos.
E a componente obrigacionista?
Como podemos observar no gráfico acima, a variação na alocação aos subsegmentos de obrigações foi favorável às obrigações corporativas. Concretamente, os gestores dos fundos perfilados moderados aumentaram a sua exposição a este tipo de obrigações em 1,40% desde o início do ano. Por outro lado, as obrigações soberanas perderam 3,30% de exposição, em média, nas carteiras destes fundos. Facto que não é surpreendente devido à baixa rentabilidade que este tipo de investimento tem vindo a oferecer.
Tendo isto em mente, e olhando agora para a alocação geográfica da componente obrigacionista, é a região da Europa desenvolvida que perde exposição (-1,98% de peso nas carteiras dos fundos face a janeiro), mas a região da América do Norte sobe a sua preponderância (mais 0,86% de exposição relativamente a janeiro).