Segundo a CMVM a diferença no valor médio por participante no mercado de fundos domésticos e estrangeiros sugere a existência de uma procura diferenciada dirigida aos dois segmentos.
"Os organismos de investimento coletivo em valores mobiliários estrangeiros autorizados a ser comercializados em Portugal têm registado uma procura crescente no mercado nacional". É a CMVM que o comenta no Relatório sobre os Mercados de Valores Mobiliários de 2019 e os números assim o mostram. No final do ano, o valor sob gestão de OICVM estrangeiros distribuídos em Portugal aumentou 15%, ascendendo a 4,6 mil milhões de euros, "em resultado do aumento dos preços dos ativos e de subscrições superiores aos resgates (+152 milhões de euros)", pode ler-se no relatório.
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O número de participantes aumentou e o valor médio investido por participante registou uma ligeira redução, sendo de 17 mil euros no final do ano. "Este valor continua a ser superior ao valor médio investido por participante nos OICVM nacionais, sugerindo a existência de uma procura diferenciada dirigida aos dois segmentos".
Dados mais recentes, de março de 2020, mostram que o volume de fundos estrangeiros distribuído em Portugal sofreu o impacto do comportamento dos mercados de ativos de risco no terceiro mês do ano. Os dados de junho, que deverão refletir a recuperação rápida desses mercados não estão ainda disponíveis. Nesse mesmo artigo poderá ser consultado o ranking das entidades distribuidoras no nosso país em termos de número de fundos disponibilizados e volume distribuído.