A opinião de José Almaça, presidente da ASF, na apresentação dos resultados referentes ao 1.º semestre do ano no que toca aos fundos de pensões.
Os primeiros seis meses de 2015 foram de crescimento para os fundos de pensões em Portugal. A informação mais recente divulgada pela ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) no seu relatório trimestral demonstra que no final de junho os produtos tinham sob gestão 17,9 mil milhões de euros, o que configura um crescimento de 2,2% face a dezembro de 2014.
Dívida: o maior investimento
No que toca à composição das carteiras, pouco mudou nos portfólios dos fundos. A dívida pública continua a ser o ativo que mais peso tem nas carteiras dos fundos de pensões, perfazendo 29% do total de investimentos. Na globalidade, os fundos de pensões tinham, no final de junho, um peso de 46% de títulos de dívida. Comparando com dezembro de 2013 o dinheiro aplicado nestes mesmos instrumentos já cresceu 12,6%.
A este respeito, José Figueiredo Almaça, presidente da ASF, destacou durante a apresentação dos relatórios “a função desempenhada pelas empresas de seguros e pelos fundos de pensões, enquanto grandes investidores institucionais”, que “tem contribuído sobremaneira para a salvaguarda a estabilidade financeira”. Destacou por isso que “o investimento em dívida pública nacional – que no final de 2014 se situava próximo dos 10 mil milhões de euros – aumentou no primeiro semestre em cerca de 10%”.
Também as contribuições para os fundos de pensões estiveram em rota crescente, ascendendo a 380 milhões de euros, registando um acréscimo de 4,3% comparativamente com o período homólogo.
No que toca aos PPR destaca-se um aumento de 3% no seu montante gerido face ao mesmo período de 2013, com as provisões a situarem-se próximo dos 14 mil milhões de euros, “consolidando o importante papel do sector na captação e rentabilização dos aforradores”.