A Nordea leva ao ginásio o seu fundo de obrigações globais mais flexível

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Toni F., Flickr, Creative Commons

A flexibilidade foi o termo a que a Nordea recorreu para destacar a importância do conceito no que respeita à saúde, mas também à indústria da gestão de ativos. No que se refere ao cuidado do corpo, a flexibilidade é chave para manter um bom nível físico, algo que, se se alcançar, ajuda também à saúde mental, condição indispensável para acertar na tomada das decisões. Já no mundo da gestão de ativos, a flexibilidade está relacionada com a capacidade de os gestores se movimentarem livremente pelos mercados, e construir estratégias que lhes permitam obter retornos positivos independentemente de qual for o contexto, algo que tem ganho grande importância no universo dos mercados de obrigações. É nesta classe de ativos que se centra a estratégia Nordea 1 – Flexible Fixed Income, produto lançado pela gestora há três anos com um objetivo de rentabilidade Eonia +2% e de volatilidade de 3%.

Trata-se de uma estratégia flexível de obrigações globais, que se apoia em critérios de equilíbrio de risco para conseguir a preservação de capital. O produto é gerido por Karsten Bierre, da equipa de multiativos da Nordea e do Nordea  - Stable Return Fund, que aplicou a sua receita e filosofia ao universo de fixed income. A pedra angular do processo de investimento deste produto, com a classificação de Blockbuster Funds People, é a gestão do risco, que se foca em dois planos: o estratégico (a longo prazo) e o tático (a curto prazo). Cristian Balteo, especialista de produto da equipa de multiativos da Nordea, esteve encarregado de explicar aos seus clientes a estratégia do produto que agrega 3.000 milhões de euros em ativos sob gestão. O lugar eleito para o fazer foi um conhecido ginásio de Madrid, uma envolvente muito propícia para pôr em prática o conceito de flexibilidade, tanto de um ponto de vista físico (depois da apresentação teve lugar uma aula de body balance para os presentes) como do prisma da gestão de ativos.

Segundo explica, o objetivo dos gestores é construir uma carteira equilibrada com a qual gerar rentabilidades positivas em qualquer contexto de mercado. “O fundo está centrado na rentabilidade que gera a duration e o risco de crédito, não na rentabilidade total. Colocamos ênfase no prémio de risco e não nas classes de ativos. O risco é mais simples de identificar quando se parte de um prémio de risco do que quando se parte de classes de ativos. Além disso, a análise das correlações, algo que nós seguimos de muito perto, considerando que estas não são estáticas. Na essência, o que queremos é saber que prémios de risco se vão comportar bem quando a economia está bem, e que prémios de risco vão ter um bom comportamento quando a economia está mal”, afirma.

No entanto, isso não significa que o produto siga uma estratégia top down. “Somos conscientes de que não poderemos gerar valor de maneira consistente com uma visão deste tipo. Na verdade, não é necessário prever com exatidão a evolução macroeconómica para conseguir uma rentabilidade total positiva em todas as fases do ciclo económico. Na realidade, a chave está em selecionar fontes de retorno que gerem rentabilidades positivas tanto em bull markets como em bear markets sem ter em conta nenhum índice de referência mas, sobretudo, em equilibrar o risco”, assinala. Balteo dá um exemplo. “Historicamente a correção entre o high yield e a dívida pública dos EUA tem sido negativa. No entanto, esta correlação tornou-se positiva em 2014 e 2015. Para complementar e equilibrar estes riscos, procuramos fórmulas que nos permitam fazê-lo, como introduzir estratégias longas e curtas em mercados de divisas”, revela. O resultado é que, em períodos nos quais os ativos de maior risco se saem bem, a sua contribuição para a rentabilidade do fundo é maior e, em fases nas quais estes sofrem, são os ativos defensivos que fornecem rentabilidade.

Este ano o fundo tem conseguido todos os meses rentabilidades positivas. Em três ocasiões estas foram superiores a 1%. Apenas em maio registou um comportamento negativo (-1%). “Trata-se de uma solução capaz de melhorar o perfil de rentabilidade/risco de qualquer carteira, como demonstra um rácio de Sharpe a três anos de 1,04 face aos 0,4 da média da categoria Morningstar de obrigações flexíveis globais. Está desenhada para investidores que têm depósitos a prazo não remunerados ou que investem em ativos monetários que oferecem rentabilidades negativas, outros que não podem ou não querem investir mais em ações, ou investidores que procuram uma carteira de risco limitada capaz de preservar o capital. Acima de tudo é indicada para os investidores que podem assumir um pouco mais de risco em troca de gerar um pouco mais de rentabilidade, já que na carteira também encontram obrigações high yield e dívida emergente”. Num cômpito geral, o rating médio dos ativos é de AA-, a duration da carteira de 0,94 anos, e a yield to maturity de 1,22%.