A três anos, são os fundos de ações que remuneram melhor os investidores

subida, escada, poder
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Passam já mais de 10 anos desde a última recessão com um impacto global. Desde então, têm sido as ações do mundo desenvolvido a classe de ativos que melhor tem remunerado os investidores e os últimos três anos não são exceção. Particularmente neste intervalo de tempo incluem-se dois períodos extremamente positivos e com uma direção muito bem definida nos mercados de equity. Por um lado, o ano de 2017, em que se deu uma escalada progressiva no MSCI World e, por outro, o primeiro semestre de 2019, no qual a grande maioria dos mercados recuperaram de forma sincronizada do terrível ano que foi 2018.         

O comportamento positivo nestes dois períodos foi tão exacerbante, que o ano tépido de 2016 e o volátil 2018 praticamente não se percebem nos retornos anualizados a três anos que receberam os investidores no mercado acionista. E são exatamente fundos de ações, principalmente ações de empresas de grande capitalização de mercado, que dominam o ranking dos mais rentáveis do último triénio. Ações norte-americanas ou fundos de ações globais com um grande enfoque nos mercados desenvolvidos são as estratégias que dominam o ranking, com retornos anualizados superiores a 10% no período em análise.         

Em primeiro lugar, o Caixagest Acções EUA, um fundo de ações norte-americanas da Caixagest que atingiu os 14,63% de rentabilidade anualizada no período em análise. Este fundo concentra o investimento em 35 títulos, sendo que mais de metade da carteira está investida nas 10 maiores posições, refletindo a convicção da equipa responsável pela gestão.         

Já em segundo lugar, uma estratégia que foge à regra entre os mais rentáveis. Falamos de um fundo sectorial da Montepio Gestão de Activos, com enfoque no sector da energia e que foi também o fundo de ações com maior rentabilidade em 2018, um ano que pintou de vermelho praticamente toda a gestão de ativos nacional. O gestor do Montepio Euro Energy, Victor Saraiva, comentou à Funds People sobre a boa performance do ano passado que "em termos históricos, a forte recuperação dos preços do petróleo bruto desde os primeiros meses de 2016 influenciou o desempenho positivo do fundo, da mesma forma que a forte correção, em descida, dos preços nos últimos três meses de 2018, influenciaram a sua performance negativa". Apesar desta volatilidade e correlação com o preço do petróleo, o fundo proporcionou 14,38% anualizados de rentabilidade aos seus investidores nos últimos três anos.         

Entre o top três surge também o fundo de ações norte-americanas da BPI Gestão de Activos, o BPI América D. Com 13,05% de rentabilidade anualizada a três anos, o fundo dispersa o investimento por mais de 100 posições, com a Microsoft, Amazon e Visa a encabeçarem a lista dos títulos em carteira.

Destaque, por fim, para os fundos com selo Funds People entre os mais rentáveis a três anos. Com 12,42% de rentabilidade anualizada, o Blockbuster e Consistente Funds People, Caixagest Ações Líderes Globais e com 11,18% o Blockbuster Funds People, Santander Acções América. Já com um enfoque em ações do mercado nacional e com uma rentabilidade anual de 9,04% e 8,91%, respetivamente, o BPI Portugal (Consistente Funds People) e o Santander Acções Portugal (Blockbuster Funds People).

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