Para Ramón Carrasco, o importante não são as regiões ou os setores. “Na Carmignac procuramos os líderes europeus, onde quer que eles estejam”, exclama. “Posto isto, se investimos no Reino Unido ou fora da Zona Euro? Sim, investimos, se boas oportunidades resultarem do nosso processo bottom-up. Por exemplo, os países nórdicos ou o Reino Unido têm líderes globais em setores específicos que merecem um interesse próximo e se enquadram numa carteira europeia de ações”. Por outro lado, segundo conta, implementam ideias de investimento onde quer que elas se encontrem. “É um processo de investimento e de seleção de nomes completamente bottom-up”.
Já no que se refere à dinâmica de value/growth na Europa, segundo o profissional e em linha com a abordagem de Fátima Só, privilegiam o segmento apelidado de quality growth, sempre de uma forma seletiva. E que setores resultam deste processo? No momento, Ramón Carrasco realça cinco setores preponderantes. Saúde e Consumo, mais defensivos por natureza, mas não apenas. Também, por exemplo, biotecnologia, digitalização, com e-commerce / fintech, nomes que beneficiam da reabertura da economia, lazer e luxo, energias renováveis e indústrias selecionadas “São estes os setores que resultam da nossa análise e que ultrapassam os filtros de valuation, ESG e crescimento que definem o nosso processo”, conclui.
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