A comercialização de OICVM estrangeiros em Portugal continua a cifrar-se num montante acima dos 6.000 milhões de euros, mas a verdade é que o valor tem vindo a cair. A comummente designada distribuição ao cliente final de fundos de investimento estrangeiros, segundo a CMVM, atingiu os 6.195,1 milhões de euros no final de setembro de 2022, uma queda de 4% face ao trimestre anterior. Em termos anuais, a descida é maior ainda. O regulador mostra nos seus Indicadores Trimestrais de Gestão de Ativos, referentes ao terceiro trimestre do ano, que no último ano o montante comercializado por estes OICVM decresceu 13,6%.
Número de OICVM estrangeiros cresce
Contudo, e como visível nas informações acima, o número de OICVM comercializados cresceu no último ano. Passou de 155 em setembro de 2021 para 159 no segundo trimestre de 2022, somando agora um conjunto de 163 produtos.
O Banco Best, como vem sendo hábito, continua a ser a entidade com a oferta disponível mais significativa, comercializando 101 OICVM estrangeiros. Quando olhamos para a quota de mercado, o caso muda de figura, mas nem por isso com grandes novidades. O ABANCA continua a ser a entidade com maior volume distribuído na comercialização destes produtos, em concreto 1.117,9 milhões de euros. A quota de mercado da entidade neste segmento corresponde a 18%.
Seguem-se o Millennium bcp, com uma quota de 13,8%, e 855,0 milhões de euros, e o Banco BPI com 745 milhões de euros de montante comercializado, e uma preponderância de mercado de 12%. Pouco mudou face ao trimestre anterior, mas a verdade é que tal como nessa altura o, segmento não ficou imune, provavelmente, à volatilidade de mercado sentida no período.
Destas três entidades que lideram o segmento, só o Millennium bcp conseguiu segurar a sua quota de mercado. O ABANCA caiu 0,75 p.p. face ao último trimestre, enquanto que o BPI viu a sua quota de mercado derrapar 0,62 p.p.
Quota de mercado das entidades comercializadoras de OICVM estrangeiros
