Allfunds anuncia a sua intenção de entrar na bolsa Euronext Amsterdam

Juan Alcaraz, Allfunds.
Juan Alcaraz. Créditos: Cedida

A empresa Allfunds anunciou a sua intenção de lançar uma oferta pública de venda (OPV) e de solicitar a admissão a cotação e negociação das suas ações ordinárias na Bolsa de Amesterdão, mercado de valores regulados e operado pela Euronext Amsterdam.

Desta forma, a wealthtech assegura o acesso aos mercados de capitais, o que facilitará o seu financiamento no futuro, elevará o perfil público do grupo e reforçará o conhecimento da marca. Além disso, também permitirá dar liquidez aos seus acionistas e articular uma base mais amplas de investidores a longo prazo.

A OPV consistirá na colocação privada de ações já existentes e que atualmente são propriedade da LHC3 Plc, que controlam indiretamente fundos geridos por sócios da Hellman & Friedman LLC e um veículo de investimento da GIC Special Investments, subsidiária direta da GIC (Ventures) Pte Ltd, BNP Paribas Securities SCA e Credit Suisse A.G. A colocação estará dirigida a investidores institucionais de diferentes jurisdições.

Os acionistas vendedores têm previsto desprender-se de um mínimo de 25% das ações da empresa através da OPV, com uma opção de sobrealocação adicional habitual neste tipo de operações com fins de estabilização.

A Allfunds designou a BNP Paribas, Credit Suisse Securities Sociedad de Valores S.A., Citigroup Markets Limited e a Morgan Stanley Europe SE como coordenadores globais (joint global coordinators). Além disso, a BofA Securities, Barclays, CaixaBank BPI, HSBC, ING, IMI, Intesa Sanpaolo e o Banco Santander serão joint book-runners.

A data exata da entrada na bolsa será determinada nas próximas semanas, em função das condições do mercado e de outras considerações relevantes.

A opinião de Juan Alcaraz

“O anúncio de hoje marca um feito importante na história da Allfunds. Fomos transformando a indústria de wealth management, criando uma plataforma tecnológica global que conecta gestoras de fundos e distribuidores. A Allfunds tem atualmente mais de 1,2 biliões de euros em ativos sob gestão, e conta com a maior rede de gestoras e distribuidores, com acesso a um Marketplace que opera em mais de 60 países. Criámos um ecossistema que cobre toda a cadeia de valor da distribuição de fundos e o ciclo de investimento, integrados numa única plataforma integral, simples e fácil de utilizar pelos nossos clientes. Passaram 20 anos desde que fundámos a empresa no ano 2000 e iniciamos uma viagem que está apenas a começar. A entrada em bolsa vai-nos proporcionar a flexibilidade para continuar a impulsionar a nossa transformação digital e continuar a crescer como empresa. Com o apoio de reconhecidos investidores institucionais – muitos dos quais são clientes de confiança, continuaremos a oferecer aos nossos clientes o melhor serviço de qualidade num mundo cada vez mais conectados e mais digital”, sublinha Juan Alcaraz, fundador e CEO da Allfunds.

No fecho de dezembro de 2020, a Allfunds tinha mais de 1,2 biliões de euros em ativos sob gestão (incluindo ativos adquiridos, mas pendentes de serem transferidos). No passado exercício os seus lucros foram de 370 milhões de euros, registou um EBITDA ajustado de 263 milhões de euros e uma margem de EBITDA ajustada de 71%, segundo dados proforma de 2020.