Allfunds fecha o seu primeiro dia em bolsa com uma subida de 20%

Cedida

A maior Oferta Pública de Venda (OPV) de uma empresa especializada na distribuição de fundos já é uma realidade. O Allfunds Group viveu hoje o seu primeiro dia de cotação na Bolsa da Euronext de Amesterdão. Sob o ticker ALLFG, a wealthtech começou a negociar a um preço de 11,50 euros por ação, o que implica uma capitalização de 7.240 milhões de euros. Os seus títulos terminaram a sessão a um preço de 13,85 euros, com uma subida de 20,42%, o que aumenta a sua capitalização para 8,7 biliões de euros.

O total de ações ordinárias oferecidas ascendeu a 163.650.850 ações, valorizadas em 1.880 milhões de euros, o que representa uma emissão de aproximadamente 26% da empresa, assumindo que não seja exercida a cláusula greeshoe. No caso de ser exercida a opção de sobrealocação, o volume total de ações aumentará para 188.198.478 títulos, o que representará em torno de 29,9% da empresa, e o valor da colocação situar-se-á nos 2.160 milhões de euros.

Em março de 2017, o Santander e os seus sócios na Allfunds puseram à venda 100% da wealthtech a veículos afiliados com o fundo de capital de risco Hellman & Friedman e com o GIC, o fundo soberano de Singapura. A operação ficou fechada por 1.800 milhões de euros. Os novos acionistas deram posteriormente entrada no capital ao BNP Paribas (com 22,5%) e ao Credit Suisse (com 13,95%), o que diluiu a sua participação para 63,55%. O preço de abertura de hoje de 11,50 euros por ação avaliava em 4.600 milhões de euros a participação do Hellman & Friedman e do GIC. Isto representa um aumento de 155% nos quatro anos passados desde a compra que realizaram. Após a entrada na bolsa, o Hellman & Friedman mantém 28,8%; o GIC, 16,2%; a BNP Paribas, 15,8%, e a Credit Suisse, 9,4%.

Juan Alcaraz adianta os planos da empresa

Na Allfunds destacam que a cotação na Euronext vai constituir um importante passo na estratégia de crescimento da empresa. “A operação oferece à empresa a flexibilidade necessária para acelerar a transformação digital do setor da gestão patrimonial, otimizar o seu negócio e aumentar a sua envergadura nos próximos anos. Isto permitirá à empresa identificar a sua visão do futuro na qualidade de provedor totalmente digital de serviços para clientes”, apontam.

Segundo Juan Alcaraz, “o sucesso da nossa oferta pública inicial demonstra a vasta confiança na estratégia da Allfunds e no futuro do negócio. Ao longo do processo, observámos o entusiasmo de alguns investidores institucionais mais importantes do mundo, e com o seu apoio, em conjunto com a dedicação continuada dos nossos colaboradores, podemos conseguir alcançar o nosso objetivo de ser uma plataforma de wealthtech líder à escala mundial”, sublinha.

O fundador e CEO da Allfunds aproveitou também a ocasião para adiantar alguns dos planos da empresa. “Ampliaremos a nossa presença internacional, aprofundaremos as relações com a nossa base de clientes e expandiremos ainda mais a plataforma Connect através de inovações e investimentos tecnológicos constantes. Isto possibilitará a transformação digital do ecossistema de gestão patrimonial e de fundos à medida que avançamos para a fase seguinte da nossa trajetória”, assegura.

Constituída no ano 2000 e com sede em Madrid, a empresa opera em 59 países e tem escritório regionais na Europa, América Latina, Ásia e Médio Oriente. A plataforma da Allfunds oferece um ponto de acesso a uma diversa gama de fundos em estratégias ativas e passivas, incluindo fundos de ações, obrigações, multiativos, alternativos e ETF.