Os fundos mais subscritos do mês de outubro por parte dos clientes do ActivoBank e do Banco BEST revelam uma contínua procura por estratégias que ofereçam retornos mais elevados.
O bom momento económico global manteve-se durante o mês de outubro. Quem o diz é Bruno Pinhão, do ActivoBank, que acredita que o décimo mês do ano “revelou-se um mês positivo, com perspetivas globais favoráveis e previsão de crescimento, suportado pelo papel dos banco centrais no controlo da política monetária por via da redução gradual e prolongada de estímulos”. Para além destes, fatores como a melhoria da confiança empresarial suportaram a continuação do bom momento.
No que diz respeito aos acontecimentos mais relevantes durante o último mês, o profissional destaca a tensão em Espanha resultante da declaração de independência da Catalunha e, nos Estados Unidos, os avanços que poderão levar à aceitação da reforma fiscal.
Quanto às estratégias mais subscritas na entidade, “os fundos mais procurados recaem em classes de ações, dos segmentos de tecnologia, Europa e China”, revela Bruno Pinhão. Para o profissional, esta preferência está relacionada com o facto dos mercados acionistas continuarem a atingir valores máximos e das “tradicionais soluções de taxa fixa a não cumprirem os objetivos de retorno esperados pelos investidores comuns”. Por outro lado, Bruno Pinhão destaca a presença de um fundo sobre pequenas empresas americanas, “agora que a reforma fiscal sugerida por Donald Trump começa a tomar forma e possa ver a luz do dia”.
Do lado dos clientes do Banco BEST, a preferência por estratégias com maior nível de risco parece ter sido também a tendência. Rui Castro Pacheco, diretor adjunto de investimentos, revela que se registou “um mês bastante “pró-risco”, já que apenas três dos fundos do Top de subscrições não são fundos de ações”.
Assim, neste segmento a preferência manteve-se pelo PIMCO Income, “um fundo bastante flexível na sua gestão e que pode aceder a todos os segmentos de dívida e crédito”. O outro produto deste segmento é gerido pela Nordea Asset Management, o Nordea European High Yield, um fundo que “é especialista no investimento em crédito de empresas europeias com notação de risco mais elevada”, adianta o profissional.
Entre as estratégias mais conservadoras e as de nível de risco mais elevado encontramos o M&G Optimal Income, um fundo misto gerido pela M&G e que procura gerar e distribuir um rendimento estável aos seus investidores.
Do lado dos produtos de risco mais elevado, o profissional destaca a presença de sete fundos de ações, três dos quais com enfoque no mercado europeu. Trata-se do Oddo Avenir Europe e Alken Small Cap Europe, fundos que “procuram identificar empresas de dimensão mais reduzida e com maior potencial de crescimento futuro” e do MFS European Value, cujo objetivo é procurar “empresas de maior capitalização e bem estabelecidas que apresentem um perfil mais estável”. O Japão surge como outra das regiões mais procuradas, com a presença do Japan Equity, um fundo gerido pela T. Rowe Price. Por outro lado, Inteligência Artificial, Robótica e Água são segmentos que se mantiveram nas preferências dos clientes da entidade.
