Amundi compra a Alpha Associates, empresa especializada em mercados privados

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Créditos: Álvaro Serrano (Unsplash)

O grupo Amundi celebrou um acordo vinculativo para a aquisição da Alpha Associates, uma gestora de ativos independente que oferece soluções de investimento multimanager em mercados privados. Fundada em 2004 e sediada em Zurique, a Alpha Associates gere atualmente 8.500 milhões de euros em ativos. Conta com capacidades em fundos de fundos em dívida privada, infraestruturas e private equity.

Esta aquisição vai tornar a Amundi num dos principais agentes europeus neste âmbito, com uma equipa de mais de 70 especialistas, 20.000 milhões de euros de ativos sob gestão, uma oferta multimanager que abrange dívida privada, infraestruturas, private equity e venture capital, além de lhe dar uma maior presença geográfica. Também vai reforçar a presença em transações secundárias, uma capacidade muito relevante no mercado atual.

A operação aumenta a oferta da Amundi de fundos de mercados privados e soluções à medida para clientes institucionais, e acelera também o desenvolvimento de produtos adequados para clientes particulares.

Sinergias entre duas plataformas

As capacidades da Alpha Associates vão ser combinadas com a atual estrutura multimanager de mercados privados da Amundi: uma equipa especializada sediada em Paris e mais de 20 anos de experiência, que atualmente gere ativos no valor de 12.000 milhões de euros, principalmente em França, Itália e Península Ibérica.

Como parte da transição, as atividades multimanager da Amundi e da Alpha Associates em mercados privados vão ser combinadas numa nova linha de negócio.

Os mercados privados têm sido uma das áreas mais dinâmicas da gestão de ativos nos últimos anos. Os investidores procuram diversificar a sua carteira nesta classe alternativa de ativos, procurando, ao mesmo tempo, retornos atrativos e uma volatilidade moderada ao longo do ciclo. Na Amundi, consideram as ofertas multimanager bastante adequadas para acompanhar os investidores neste percurso, visto que proporcionam acesso a uma gama mais ampla de capacidades de gestão, o que se traduz numa maior diversificação e num melhor perfil de risco.

Espera-se que a transação seja realizada no terceiro trimestre de 2024, sujeita às aprovações regulamentares. O grupo francês segue os passos de outras entidades concorrentes, como a BlackRock ou a Franklin Templeton, na compra de gestoras especialistas em mercados privados, procurando fortalecer-se num negócio que deverá alcançar os 18.000 milhões em 2026 (desde os 10.000 milhões em 2021), segundo a Preqin.